ATA DA VIGÉSIMA TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 02-4-2008.
Aos dois dias do mês de abril do ano de dois mil e
oito, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal
de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, respondida pelos
Vereadores Adeli Sell, Dr. Goulart, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo
de Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Margarete
Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Newton Braga
Rosa, Professor Garcia, Sebastião Melo e Wilton Araújo. Constatada a existência
de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a
Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo
Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio
Sebenelo, Dr. Raul, Elias Vidal, Elói Guimarães, José Ismael Heinen, Luiz Braz,
Marcelo Danéris, Mauro Zacher, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Nilo Santos,
Sofia Cavedon e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados: pela Mesa Diretora,
o Projeto de Resolução nº 017/08 (Processo nº 1876/08); pelo Vereador Almerindo
Filho, o Projeto de Lei do Legislativo nº 034/08 (Processo nº 1302/08); pelo
Vereador Ervino Besson, o Substitutivo nº 02 ao Projeto de Lei do Legislativo
nº 198/06 (Processo nº 4597/06); pelo Vereador João Antonio Dib, o Projeto de
Lei do Legislativo nº 018/08 (Processo nº 0844/08); pelo Vereador João Carlos
Nedel, o Projeto de Lei do Legislativo nº 043/08 (Processo nº 1751/08); pelo
Vereador José Ismael Heinen, os Projetos de Lei do Legislativo nos
010 e 041/08 (Processos nos 0414 e 1684/08, respectivamente).
Também, foram apregoados os seguintes Memorandos, deferidos pelo Senhor Presidente,
solicitando autorização para representar externamente este Legislativo: de nº
011/08, de autoria do Vereador Adeli Sell, hoje, na solenidade de entrega do
Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor Loureiro da Silva, às onze horas e trinta
minutos, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre; de nº 018/08, de autoria
do Vereador Newton Braga Rosa, hoje, na reunião-almoço “Tá na Mesa” da Federação das
Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul – FEDERASUL –, às
doze horas, na sede dessa entidade, em Porto Alegre. Ainda, foi apregoado o
Ofício nº 198/08, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, por meio do
qual Sua Excelência encaminha o Relatório de Atividades da Prefeitura Municipal
de Porto Alegre, o Balanço da Administração Centralizada, o Balanço Geral, os
Balanços do Departamento Municipal de Água e Esgotos – DMAE –, do Departamento
Municipal de Habitação – DEMHAB –, do Departamento Municipal de Limpeza Urbana
– DMLU –, da Fundação de Assistência Social e Cidadania – FASC –, da Companhia
Carris Porto-Alegrense, do Departamento Municipal de Previdência dos Servidores
Públicos do Município de Porto Alegre – PREVIMPA –, da Empresa Pública de
Transporte e Circulação – EPTC –, da Empresa Porto-Alegrense de Turismo –
EPATUR –, e da Companhia de Processamento de
Dados do Município de Porto Alegre – PROCEMPA. Do EXPEDIENTE, constaram
os Ofícios nos 192527, 193173, 209582, 210867, 211506 e 223855/08,
do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. A seguir, o Vereador Adeli
Sell formulou Requerimento verbal, solicitando cópia de documentos encaminhados
por meio do Ofício nº 198/08, de autoria do Senhor Prefeito Municipal de Porto
Alegre, tendo o Senhor Presidente informado que esse material seria enviado à
Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do MERCOSUL, à disposição dos
Senhores Vereadores. Em continuidade, por solicitação do Vereador João Antonio
Dib, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma ao ex-Deputado
Federal Milton Dutra, falecido no dia vinte e dois de março do corrente. Após,
o Senhor Presidente registrou a presença do Senhor Giancarlo Mandelli,
Presidente do Instituto de Estudos Empresariais, concedendo a palavra a Sua
Senhoria, que convidou todos para o XXI Fórum da Liberdade, a ser realizado nos
dias sete e oito de março do corrente, na Pontifícia Universidade Católica do
Rio Grande do Sul – PUCRS. Nesse sentido, salientando a importância da participação
dos Senhores Vereadores nesse evento, anunciou que serão feitos debates em
torno de questões relevantes para o desenvolvimento de Porto Alegre, do Rio
Grande do Sul e do Brasil. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador João Antonio Dib
referiu-se à notícia de que, em diversos hospitais em Porto Alegre, foi
constatada a presença da bactéria Acinetobacter em suas dependências, considerando
injustas as críticas realizadas durante a Vigésima Segunda Sessão Ordinária, acerca
da proliferação desse microorganismo no Hospital de Pronto Socorro. Também,
procedeu à análise da execução orçamentária da Prefeitura de Porto Alegre do
ano de dois mil e sete. O Vereador Claudio Sebenelo afirmou que a presença da
bactéria Acinetobacter em hospitais de Porto Alegre é um fenômeno que atinge
instituições em todo o mundo, sublinhando que o combate a esse microorganismo é
um desafio internacional e não uma ocorrência localizada exclusivamente na
Cidade. Nesse sentido, apontou alternativas para a minimização dos riscos de
contágio por essa bactéria e asseverou que sua existência no Município não é um
problema exclusivo da atual gestão. A seguir, o Senhor Presidente registrou a
presença, neste Plenário, do Senhor Romildo Bolzan Júnior, Prefeito Municipal
de Osório – RS. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Dr. Goulart referiu-se a
medidas adotadas pela Secretaria Municipal de Saúde no combate à proliferação
da bactéria Acinetobacter encontrada no HPS, considerando injustas as críticas
que responsabilizam o Executivo pelos casos de infecção hospitalar recentemente
constatados na rede municipal de saúde. Sobre o assunto, abordou a necessidade
de contratação de mais pessoal e de aumento do controle da esterilização nos
hospitais. O Vereador Guilherme Barbosa cobrou do Governo Municipal
esclarecimentos sobre a falta de pessoal e a existência de ratos e pombos no
HPS. Além disso, procedeu à leitura de trechos de parecer exarado pelo
Ministério Público de Contas acerca de supostas irregularidades em licitação
para serviços de iluminação pública na Cidade. Finalizando, convidou todos para
participarem de evento na Cidade, amanhã, que contará com a presença do
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A seguir, o Senhor Presidente convidou os
Senhores Vereadores a comparecerem, às quatorze horas de amanhã, no Bairro
Sarandi, à solenidade onde serão anunciados pelo Presidente da República, Luiz
Inácio Lula da Silva, recursos do Governo Federal a serem investidos em Porto
Alegre. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Maristela Maffei chamou a atenção
para a necessidade de que outros Estados brasileiros enviem ajuda ao Rio de
Janeiro para o combate à dengue, salientando o caráter solidário dessa medida.
Além disso, defendeu Substitutivo nº 02, aposto ao Projeto de Lei do Legislativo
nº 061/07, de sua autoria e do Vereador Bernardino Vendruscolo, que obriga
estabelecimentos comerciais a utilizarem sacolas e sacos de material reciclado.
O Vereador Dr. Raul discorreu acerca de problemas existentes na rede hospitalar
da Cidade, referindo-se, em especial, ao Grupo Hospitalar Conceição e ao
Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre e defendendo o fortalecimento de
ações em prol dos hospitais porto-alegrenses. Nesse sentido, teceu comentários
acerca da necessidade de renovação dos recursos humanos e dos equipamentos do
HPS e elogiou os esforços da Secretaria Municipal de Saúde na busca de solução
para a crise ali constatada. O Vereador José Ismael Heinen pronunciou-se acerca
de deficiências existentes no sistema de saúde pública brasileiro, mencionando
pesquisa que aponta a saúde como a principal preocupação da população
brasileira e protestando contra políticas adotadas pelo Governo Federal nessa
área. Sobre o tema, afirmou que foram diminuídos os recursos governamentais
aplicados em saúde, educação e segurança públicas, defendendo modificações na
postura dos agentes públicos em relação a esses temas. Em continuidade, o Senhor
Presidente registrou a presença, neste Plenário, do Senhor Vitorio Piffero,
Presidente do Sport Club Internacional. Após, constatada a existência de
quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi
aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 249/07, por vinte e sete votos SIM,
tendo votado os Vereadores Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos
Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elói
Guimarães, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio
Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Marcelo Danéris,
Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Meneghetti, Mauro Zacher, Nereu
D'Avila, Newton Braga Rosa, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia
Cavedon e Wilton Araújo. Em prosseguimento, foi apregoada a Emenda nº 01, de
autoria da Vereadora Margarete Moraes, Líder da Bancada do PT, ao Projeto de
Lei do Executivo nº 010/08 (Processo nº 1055/08). Também, foi aprovado Requerimento
de autoria da Vereadora Margarete Moraes, solicitando que a Emenda nº 01, aposta
ao Projeto de Lei do Executivo nº 010/08, fosse dispensada do envio à apreciação
de Comissões Permanentes. Ainda, foi apregoado Requerimento de autoria da
Vereadora Margarete Moraes, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando votação
em destaque para a Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº
010/08. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do
Executivo nº 010/08, com ressalva da Emenda aposta, por trinta votos SIM, após
ser discutido pelos Vereadores Nereu D’Avila, Carlos Comassetto, Bernardino
Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Margarete Moraes, Elói Guimarães, João Antonio
Dib, Sofia Cavedon, Ervino Besson, Luiz Braz, Adeli Sell, Maristela Maffei,
Haroldo de Souza, José Ismael Heinen, Carlos Todeschini, Maria Celeste, Mauro
Zacher, Aldacir Oliboni, João Carlos Nedel, João Bosco Vaz, Dr. Goulart e
Professor Garcia e encaminhado à votação pela Vereadora Margarete Moraes, em
votação nominal solicitada pelo Vereador Dr. Goulart, tendo votado os
Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto,
Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elias Vidal, Elói
Guimarães, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio
Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Marcelo
Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Maristela
Meneghetti, Mauro Zacher, Nereu D'Avila, Newton Braga Rosa, Professor Garcia,
Sofia Cavedon, Valdir Caetano e Wilton Araújo e tendo apresentado
Declaração de Voto, conjuntamente, os Vereadores Adeli Sell, Carlos Comassetto,
Carlos Todeschini, Guilherme Barbosa e Marcelo Danéris e as Vereadoras
Margarete Moraes, Maria Celeste e Sofia Cavedon. Foi rejeitada a Emenda nº 01,
aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 010/08, por nove votos SIM e dezenove
votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores Guilherme Barbosa,
Claudio Sebenelo, Haroldo de Souza, Maristela Maffei e João Antonio Dib, em
votação nominal solicitada por vários Vereadores, tendo votado Sim os Vereadores
Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Guilherme
Barbosa e Marcelo Danéris e as Vereadoras Margarete Moraes, Maria Celeste e
Sofia Cavedon e Não os Vereadores Claudio Sebenelo, Dr. Goulart, Dr. Raul,
Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib,
João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Maristela Maffei,
Maristela Meneghetti, Mauro Zacher, Nereu D'Avila, Newton Braga Rosa, Professor
Garcia e Wilton Araújo. A seguir, o Senhor Presidente declarou encerrada a
Ordem do Dia. Também, o Senhor Presidente convidou os Senhores Vereadores para
a solenidade de sanção do Projeto de Lei do Executivo nº 010/08, a ser
realizada no dia quatro de abril do corrente, na sede do Sport Club
Internacional. Em continuidade, foi apregoado documento de autoria do Senhor
Maurício Dziedricki, Secretário Municipal de Obras e Viação, informando seu
retorno à vereança a partir do dia quatro de abril do corrente. Ainda, foi
apregoada Certidão da Vara do Trabalho de Guaíba da Justiça do Trabalho da 4ª
Região, certificando que a Vereadora Neuza Canabarro compareceu em audiência
nesse órgão, das quinze horas e quarenta minutos às dezesseis horas e quarenta
e oito minutos de hoje. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª
Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 025, 028, 031 e
035/08, os Projetos de Lei do Executivo nos 013 e 014/08, os
Projetos de Resolução nos 010, 012 e 015/08; em 2ª Sessão, o Projeto
de Lei Complementar do Executivo nº 002/08, o Projeto de Lei do Legislativo nº
021/08. Às dezessete horas e trinta e cinco minutos, nada mais havendo a
tratar, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores
Vereadores para Sessão Extraordinária a ser realizada a seguir. Os trabalhos
foram presididos pelo Vereador Sebastião Melo e secretariados pelo Vereador
Ervino Besson. Do que eu, Ervino Besson, 1º Secretário, determinei fosse
lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim
e pelo Senhor Presidente.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo):
Saúdo o grande e extraordinário Ver. João Bosco Vaz; seja bem-vindo a esta Casa
Legislativa, Vereador.
O
SR. ADELI SELL: Pergunto
se veio o balanço das instituições municipais, além da centralizada. É o que
foi lido?
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo):
Correto, Sr. Vereador.
O
SR. ADELI SELL: Gostaria
de ter cópia da PROCEMPA e da CARRIS, porque já fiz um Pedido de Informação,
mas não recebi. Então, se a presidência pudesse fornecer cópias, eu
agradeceria. Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo):
Tão logo o Sr. Prefeito entregou na presidência, esta presidência determinou
que fosse à CEFOR, e da CEFOR aos Vereadores. Vossa Excelência, que pertence à
Comissão, estará recendo logo em seguida. Solicito à Diretoria Legislativa que
faça isso o mais rápido possível, para que os Vereadores tenham as devidas
informações.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Sr. Presidente, antes de usar o tempo de Liderança, eu gostaria de pedir um
minuto de silêncio em memória do ex-Deputado Estadual e Federal, pelo PTB, e
ex-Secretário de Estado Dr. Milton Dutra, falecido semana passada.
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo):
Deferimos o pedido.
(Faz-se
um minuto de silêncio.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Solicito
a presença do Diretor Legislativo, com a agenda do dia, e dos Srs. Líderes, por
um minuto, para que possamos fazer o acerto final da Sessão. Vou conceder tempo
de Comunicação de Líder, mas antes peço que os Srs. Líderes venham à Mesa, para
fazermos uma concertação da agenda do dia. (Pausa.) Agradeço aos
Srs. Líderes a compreensão da agenda construída, de forma coletiva, para o bom
andamento dos trabalhos.
Para nossa honra e
nosso prazer, hoje temos o comparecimento do Sr. Giancarlo Mandelli, Presidente
do Instituto de Estudos Empresariais e Presidente do Fórum da Liberdade. O Sr.
Giancarlo esteve conosco na presidência da Casa, a nosso convite, lá estavam
todas as Lideranças das Bancadas. As Lideranças e a Mesa o convidaram para vir
ao plenário uma semana antes da realização do Fórum da Liberdade. Então, para a
nossa alegria, V. Sa aqui comparece para formalizar o convite a
todos os Vereadores.
O Sr. Giancarlo Mandelli está com a palavra.
O SR. GIANCARLO MANDELLI: Boa-tarde,
muito obrigado pela palavra. Eu cumprimento o Presidente da Casa, Ver.
Sebastião Melo.
Gostaria de, objetivamente, convidar todos os
Vereadores de Porto Alegre, os funcionários da Casa e as pessoas que prestigiam
esta Sessão plenária para o 21º Fórum da Liberdade. O Fórum da Liberdade foi
criado em 1988 com o objetivo de trazer questões relevantes para o debate, com
uma visão plural, possibilitando às pessoas que freqüentam o Fórum da Liberdade a oportunidade de
formar as suas opiniões em relação aos temas debatidos.
Mais
uma vez será realizado esse grande evento; já é um evento da cidade de Porto
Alegre, do Rio Grande do Sul, muito tradicional e reconhecido nacionalmente e
internacionalmente. Por esse motivo, gostaria de reforçar o convite e solicitar
que V. Exas
participem desse importante evento para a Cidade, vai ser bastante importante
para o debate de questões relevantes ao futuro do Brasil, do Rio Grande do Sul
e de Porto Alegre. Será um prazer ter as presenças dos senhores no dia 07 e 08
de abril, na próxima semana, na segunda e na terça-feira, no Fórum da
Liberdade.
Muito
obrigado, Presidente; agradeço a atenção dos senhores e a possibilidade deste
espaço. É muito importante que as Lideranças de Porto Alegre - acredito que
nesta Casa há muitas pessoas importantes para o futuro da Cidade - estejam
participando desse evento, para estarem atualizadas em relação às questões que
serão debatidas. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Queremos
agradecer, Giancarlo, o teu comparecimento. Até, Ver. Nereu, faço um apelo a V.
Exas que estavam na reunião com o Presidente do Instituto no sentido
de que as Bancadas façam um acordo de uma representação da Câmara para
participar do evento, e o Ver. Braz insistiu muito nisso; independente de todos
os demais Vereadores que queiram participar, que a Câmara seja representada por
um conjunto de Vereadores. Então nós vamos proceder dessa forma. Queremos
agradecer, mais uma vez, a tua presença e desejar bons encontros. A nossa
Cidade tem como marca maior, em seu DNA, o debate, e, com certeza, o Fórum da
Liberdade é um dos momentos em que a Cidade debate muito e aponta caminhos para
o mundo, para o Brasil, para o Rio Grande do Sul e para a Cidade. Então, seja
muito bem-vindo, muito obrigado. (Palmas.)
O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores,
na segunda-feira que passou, quando a oposição tratava com muita maldade a
infecção hospitalar na UTI do Pronto Socorro, eu disse que não faria defesa do
Pronto Socorro, mas que falaria a respeito do Pronto Socorro. E fiz isso, mas
no meio da minha fala fiz uma pergunta: “Qual o hospital que atiraria a
primeira pedra no magnífico Hospital de Pronto Socorro em razão da infecção
hospitalar?” Hoje os jornais me respondem que nenhum deles faria isso, porque a
infecção hospitalar, com a mesma bactéria do Pronto Socorro, foi constata em
mais de uma dezena de hospitais de Porto Alegre. Portanto fica respondido à
oposição, que por certo hoje não vai falar do Grupo Hospitala Conceição, é
claro, mas tudo bem, não há problema nenhum.
O
que me preocupa é a execução orçamentária da Prefeitura. Eu olho os dois
primeiros meses, janeiro e fevereiro, e vejo que a Prefeitura empenhou 445
milhões de reais e arrecadou 500 milhões de reais. Aparentemente é uma
satisfação muito grande, porque estão sobrando 55 milhões de reais, mas eu não
teria a mesma tranqüilidade analisando os dados que até agora foram fornecidos.
A Prefeitura previa 216 milhões de reais de arrecadação para o IPTU e já
arrecadou 93 milhões de reais, vale dizer, 43%. Mas, para que atinja 100% do
previsto, se não houver aquela arrecadação que se faz antecipadamente em
dezembro, nós não chegaremos ao que foi previsto, porque há necessidade de uma
arrecadação de mais ou menos 10 milhões de reais mensais, e isso não vai
acontecer.
Em
relação ao ITBI foram arrecadados 18 milhões de reais em dois meses. Está
dentro da média para chegar aos 110 milhões de reais previstos para o ano. Para
o ISSQN, a previsão é de 353 milhões, arrecadaram 60 milhões de reais em dois
meses. Estaria dentro da média necessária para atingir o seu objetivo, está com
valores mais ou menos normais.
Em
relação ao SUS, estão previstos 323 milhões de reais, é um valor menor do que
os 307 milhões de reais encaminhados por Fernando Henrique Cardoso a Porto
Alegre, se corrigidos fossem, o que daria muito mais de 400 milhões de reais.
Portanto a previsão é de 323 milhões, e deve arrecadar isso, porque está um
pouquinho acima da média. Se mantiverem os mesmos níveis, nós vamos ter esse
valor.
A
previsão do ICMS é de 393 milhões, e foram arrecadados 68 milhões; deve dar, se
mantiverem os valores. Mas quero chamar a atenção de que em janeiro entraram
quase 42 milhões e, em fevereiro, somente 27 milhões. Então, fico com dúvidas.
Para o Fundeb estão previstos 99 milhões; nos dois primeiros meses, quase 20
milhões foram arrecadados, o que representa 20%, e isso vai dar tranqüilamente.
O que me preocupa, e preocupa-me seriamente, é o DMAE, que no ano passado tinha
uma previsão de arrecadação de 341 milhões e arrecadou 293 milhões. Este ano
aumentou a sua previsão para 367 milhões, e, nos dois primeiros meses,
arrecadou 13.8% do previsto, arrecadou 51 milhões em números redondos, e isso
vale dizer que, se mantiver essa média, não vai chegar aos 349 milhões do ano
passado, muito menos aos 367 milhões previstos para este ano. Nos dois primeiros
meses, em relação aos dois primeiros meses do ano passado, foi arrecadado pelo
DMAE 15% a mais.
Portanto,
acho que há uma preocupação constante do Executivo para que possa realizar o
orçamento e continuar mantendo, pelo menos, um superávit primário. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo):
O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, no dia de hoje
venho a esta tribuna e gostaria de fazer a discussão do projeto do
Internacional, mas terei de fazer uma outra discussão como médico, não como
político.
Eu
tenho em mãos um trabalho sobre a infecção por Acinetobacter sp. Este
trabalho é de março de 2008, do Jornal Inglês, que noticia que em todos os
continentes e, de forma multihospitalar, em todos os países do mundo,
especialmente nos países tropicais, existe a morte por septicemia causada por esse tipo de germe,
que é do conhecimento humano de trinta anos para cá, que é muito freqüente como
infecção hospitalar, uma infecção adquirida quando da internação no hospital.
Isso não quer dizer que ele não exista no organismo antes de as pessoas
entrarem no hospital, mas há uma relação muito próxima entre o estado imunológico
do indivíduo, as defesas do indivíduo, e a manifestação infecciosa, que pode
ter uma origem gastroentereológica, pulmonar.
Esses
germes podem estar fora do corpo das pessoas, mas, pelo trabalho das pessoas
que lidam com os pacientes na UTI, eles podem ser transmitidos àquele paciente
extremamente indefeso; é como no dito popular: “Os gatos saem, e os ratos tomam
conta”. Esses germes são panresistentes a todos antibióticos, por isso o uso de
antibióticos não faz o efeito desejado. Esses germes estão associados, quase
sempre, a doenças graves, a pessoas que estão em estágio final, faz com que o
paciente, pela sua falta de defesa, depauperado, seja vítima das septicemias,
das infecções generalizadas. Vinte e sete por cento das pessoas mortas no Grupo
Hospitalar não morreram por essa doença - o acinetobacter -, mas por
septicemias. E, por trás dessa doença, há outras gravíssimas, que fizeram com
que as pessoas indefesas tivessem como causa mortis esse tipo de
infecção.
Isso
não pode ser jogado assim na geografia da Cidade como se fosse um evento de um
hospital; todos os hospitais de Porto Alegre têm esse problema - o Pronto
Socorro, o Moinhos de Vento, a PUC -, tanto que, desde o ano passado, existem
edições de opúsculos com métodos de trabalho para combater esse tipo de
bactéria, com as providências tomadas pelas Secretarias. Por exemplo, no Grupo
Hospitalar Conceição, precisamos da instalação de 300 pias para lavagem de
mãos, é uma das estratégias - a lavagem de mãos permanente -, o uso adequado e
racional de antibióticos também é uma das formas de se evitar o problema. Há as
questões de higiene, a limpeza dos hospitais e, principalmente, o erro
fundamental dos hospitais quando terceirizam a sua higiene. Essas empresas
contratadas - porque é terceirizado o processo higiênico no hospital - não
estão preparadas para esse tipo de evento. Então, os seus empregados têm que se
submeter a cursos especializados para trabalhar nos hospitais com esse tipo de
paciente. É fundamental que as UTIs interrompam o seu trabalho, que os
pacientes sejam examinados, porque há um alto índice de mortalidade. Há,
inclusive, antibióticos que podem ser sensíveis, mas que não podem ser medidos
na cidade de Porto Alegre, porque aqui não há um laboratório para isso, como o
uso, por exemplo, de um antibiótico chamado Polimixina B e E.
Por isso vim à tribuna dizer que esse é um problema
de Saúde Pública, mas que não tem absolutamente nada a ver com o processo de
gestão; esse é um problema, um fenômeno mundial, um fenômeno que está ocorrendo
em todas Capitais brasileiras, em todos hospitais de Porto Alegre, decorrente,
inclusive, dos progressos da Medicina e principalmente do aumento da
longevidade, que faz com que pessoas que teriam morrido aos 50 anos permaneçam
vivas, e, quando chega a hora do término da vida, alguma causa tem que haver.
Uma das causas é esse tipo de germe que estamos enfrentando agora. Quem sabe a
Medicina descubra novas fórmulas para ultrapassar esse momento difícil da Saúde
Pública.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Registro a
presença do Sr. Romildo Bolzan Júnior, nobre Prefeito da cidade dos melhores
ventos do Rio Grande do Sul, Osório. Seja bem-vindo, Prefeito.
O
Ver. Dr. Goulart está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. DR. GOULART: Prezado
e muito querido Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, ainda anteontem tivemos da tribuna uma visualização desse
problema das infecções hospitalares, da especificação do Secretário como
culpado, e eu tenho que ir na linha do Ver. Sebenelo, explicando o mau momento
das UTIs do mundo, e não é diferente em Porto Alegre.
Nós
já estamos sabendo dessa bactéria resistente, que se espalhou pelas UTIs dos
hospitais desde 2004; não havia necessidade de se fazer grandes alardes, para
não aterrorizar a população que precisava se operar, ou que tivesse algum ente
querido hospitalizado em UTI. Foi criado um grupo de trabalho na Secretaria
Municipal de Saúde, que, junto com os hospitais, chegou a lançar um decálogo de
cuidados necessários. Alguns hospitais têm menos, como os privados; outros
hospitais têm mais, como os hospitais do SUS.
Aqui
entre nós, além dos princípios básicos que o Ver. Sebenelo citou - lavagem de
mão, higiene permanente -, existe o fenômeno de os hospitais serem muito perto
uns dos outros, de a mobilidade entre os hospitais acontecer com muita
facilidade; um paciente que está num hospital passa para outro que está numa
UTI e passa para outro - isso com muita facilidade acontece aqui em Porto
Alegre. Se a gente for ver, tem o Clínicas aqui, o Moinhos de Vento, o Hospital
Fêmina, o Presidente Vargas, a Beneficência Portuguesa, todos pertinho uns dos
outros. Há muita mobilidade de quem está sendo atendido, de um hospital para
outro. É verdade que nós precisamos incrementar, se a gente for falar na
gestão, além dos princípios básicos de higiene necessários para UTI. Precisamos
de mais funcionários trabalhando, mais gente treinada trabalhando em UTI,
precisamos, dentro de um processo de gestão, mais dinheiro do serviço público
envolvido nesse problema que assola o mundo todo. Essa bactéria não passa para
pessoas sadias, essa bactéria ataca pessoas que estão doentes, que estão, por
algum motivo, internadas em situação de depauperamento físico por causa de
outras doenças. Essa bactéria se assenta, e essas pessoas é que são atingidas e
estão morrendo.
Neste momento não podemos falar somente do Hospital
de Pronto Socorro, já ficamos sabendo - já sabíamos - que a maioria dos
hospitais públicos está com essa bactéria. Inclusive o Grupo Hospitalar
Conceição já teve, há muito, a UTI do Cristo Redentor fechada e reabriu; já
teve a UTI do Conceição fechada e reabriu. Quer dizer que os cuidados estão
sendo feitos, e a gestão tanto do Hospital Conceição quanto a do Hospital Presidente
Vargas ou a do Hospital Pronto Socorro estão sendo bem feitas, o problema é que
não dá tempo de esterilizar, porque entra um doente, e entra outro e outro...
Há tempos venho falando que o último hospital
público inaugurado em Porto Alegre foi o Hospital da PUC, isso há 33 anos. Não
existe outro hospital público, não existem mais UTIs públicas. Então não é
momento de partidarizar, de brigar com o Secretário Eliseu Santos, de acusá-lo,
não! É o momento de reunirmos nossas forças e construirmos um sistema, porque
uma pessoa sozinha não vai resolver isso, precisamos do Sindicato dos
Hospitais, do Sindicato Médico, e a Comissão de Saúde da Câmara, em vez de
ficar atacando o Secretário aqui - vou pedir ao nosso Ver. Raul Fraga proteger
o Secretário dentro da Comissão, como a Vereadora o fez ontem -, que saiba do
que se trata, que é uma crise de difícil resolução para um homem só. Precisamos
ter a Comissão de Infecção dos Hospitais, precisamos ter muita gente reunida
para que se faça um sistema de proteção às UTIs. Não é assunto para um homem
só, é para uma série de Comissões, para uma série de instituições. O Conselho
Municipal de Saúde é quem tem que fazer a fiscalização disso, tem que ser
chamado à discussão, e não a Comissão de Saúde ficar xingando e brigando com o
Prefeito e com o Secretário, que estão empenhados há muitos anos nisso. É um
problema de difícil resolução no mundo inteiro. A Câmara tem que se unir a
essas instituições e, em vez de brigarmos, temos que preparar o próximo Governo
para que ele se proteja, independente de que bandeira seja.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver.
Guilherme Barbosa está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Ver.
Sebastião Melo, nosso Presidente; colegas Vereadores e colegas Vereadoras,
demais pessoas que nos acompanham nesta Sessão, eu acho que a questão das
bactérias está esclarecida, está resolvida. Mas a base do Governo Municipal
precisa esclarecer a matéria do Correio do Povo que diz claramente que a
Direção do Hospital admite, além das bactérias, a falta de 330 profissionais, a
presença de muitos ratos e a presença de vários centímetros de excremento de
pombos nas janelas do Pronto Socorro. Algo foi verificado pela Verª Neuza e,
acredito, pelo Ver. Dr. Raul, que também esteve lá. Isso tem que ser explicado.
Numa tentativa de resposta bem-humorada, o Ver. Goulart disse que os ratos são
do tempo da Administração Popular, agora têm até estrelinha. Nós rimos todos.
Mas, como eu não gosto de jogar conversa fora assim, embora seja bem-humorada,
fui pesquisar, Ver. Goulart, e um rato vive no máximo dois anos. Como o Governo
José Fogaça já tem três anos e três meses, o rato, portanto, não tem
estrelinha; o rato no máximo tem o tucano no peito, tem não sei o quê do PPS;
qual é o símbolo, eu não sei. Então, tem que ter mais responsabilidade esse
Hospital, que era querido na Cidade, infelizmente ele está andando para trás.
Desde 2005, há verba do QualiSUS, do Governo Federal, para melhorias do Pronto
Socorro, e a Administração Fogaça não consegue trazer o dinheiro.
Incompetência! Já saiu um Secretário, e acho que vai ser preciso sair o outro,
porque tem dinheiro e não se consegue buscar.
Quero também abordar outro tema importante na nossa
Cidade: há algumas Sessões eu trouxe à tribuna uma crítica a uma licitação que
a SMOV está querendo fazer para a iluminação pública de nossa Cidade, trata-se
de uma verdadeira privatização da iluminação pública de Porto Alegre! É a
completa terceirização, uma verdadeira privatização! Pois bem, este Vereador
tinha bastante informação, mas se deteve a discutir a questão
político-administrativa - que era um erro passar o gerenciamento completo, as
informações completas da iluminação pública da nossa Cidade para uma empresa
privada. Pois bem, o Ministério Público de Contas, através do Dr. Geraldo Costa
da Camino, elaborou um Parecer exarado no dia 24 de março de 2008, e eu vou ler
alguns trechos para que V. Exas, colegas Vereadores, vejam a
gravidade do que se está pretendendo fazer, Ver. João Dib. Não é mais este
Vereador de oposição; é o Ministério Público de Contas que pediu que o Tribunal
de Contas do Estado faça uma inspeção especial na SMOV; e, se não se resolver
os assuntos aqui levantados, que seja suspensa essa licitação.
Diz o Procurador - vou destacar alguns trechos do
seu trabalho (Lê.): “A amplitude do objeto à licitação, que restringe
consideravelmente o caráter competitivo do certame e a diversidade dos serviços
a serem realizados, por não possuir uma relação de dependência que justifique
essa consolidação” - o que diz o Procurador? - “deveria ser feita uma
repartição da licitação”. São 32 milhões. Deveria entrar, Verª Maristela
Meneghetti, mais empresas. Diminuindo o valor, nós teríamos mais empresas, e
não se concentraria numa só. O Procurador fez um levantamento de valores. Numa
empresa, numa loja de venda de lâmpadas, chegou à conclusão de que há lâmpadas
sendo cotadas na licitação, Ver. João Dib, entre 42% a 191,83% mais caras. E o
Procurador foi apenas numa loja. Se vai comprar na fábrica é muito mais barato.
Os preços da licitação são mais caros; algumas lâmpadas três vezes mais caras!
Então, vou mais adiante, a partir desse documento
técnico. Essa licitação é dirigida. O Procurador aqui cita uma empresa subsidiária
francesa Citeluz, e vou dizer o nome de uma outra, a paulista Enerconsult, uma
dessas duas ou as duas juntas irão ganhar a licitação dirigida. Por último,
como se vê, é uma licitação superfaturada, é dirigida e superfaturada. Eu peço
à base do Governo e ao Líder do Governo, Ver. Professor Garcia, que vejam com
atenção isso. Antes era a fala de um Vereador de oposição, agora é um órgão
técnico do Estado. Essa licitação é uma vergonha!
Amanhã o Presidente Lula estará em nossa Capital.
Através da Liderança de nossa Bancada, Verª Margarete Moraes, nós estamos
convidando todos desta Casa, principalmente a Presidência, para estar presente
no Sarandi, a partir das 14 horas, onde o nosso Presidente Luiz Inácio Lula da
Silva irá anunciar os financiamentos de muitos milhões de reais, que estarão
sendo aplicados em Porto Alegre através do Governo Federal. Muito obrigado, o
convite é extensivo a todos.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Sr. Vereador,
agradeço a Vossa Excelência. A representação da Presidência da República esteve
na Casa hoje, conduzida pela Verª Margarete Moraes, e o Presidente se soma e
faz um apelo para que todos os Vereadores possam estar presentes, até porque,
se essa obra no Sarandi está saindo, foi, sim, pelo Ministério das Cidades. A
Prefeitura apresentou o Projeto, e a Câmara teve o seu papel em aprovar. Acho
que é um momento oportuno para os Srs. Vereadores, e vamos até combinar a forma
de fazer isso facilitando a ida dos Srs. Vereadores. Então, todos os Vereadores
estão convidados para estarem amanhã lá no Sarandi.
A Verª Maristela Maffei está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores,
quero cumprimentar aqui toda a nação colorada presente nesta Casa. Sejam todos
muito bem-vindos! (Palmas.)
Sr. Presidente, quero tratar de um assunto de
relevância não apenas para esta Cidade, mas também para o nosso Universo, que
padece também por outras bactérias. É claro que nós vivenciamos o drama do Rio
de Janeiro e esperamos sinceramente... Porque o que acontece aqui em Porto
Alegre e no mundo inteiro em relação ao que está estampado nos jornais é real,
mas que não seja um desvio de foco. O próprio Sindicato Médico do Rio de Janeiro
está entrando na Justiça no sentido de outros Estados não irem em apoio àquela
comunidade, que está extremamente desesperada com a situação. Nós estamos, da
mesma forma, compartilhando solidariedade, temos obrigação moral, cívica de
estarmos lá neste momento.
Mas eu quero tratar de um assunto que já está nesta
Casa, um Projeto de minha autoria e do Ver. Bernardino Vendruscolo referente ao
fim das sacolas plásticas. Essa é outra epidemia seriíssima que nós
vivenciamos, porque é sabido pela população que a sacola plástica leva
aproximadamente quatrocentos anos para se deteriorar. Afora isso, sabemos que
não é um material degradável tão simples, sabemos o que isso significa na
questão ambiental. Nós temos problemas no saneamento básico, Ver. Dr. Goulart, então
qual a conseqüência para a nossa população? A China já está tomando medidas, a
Coréia do Sul, Uganda, Irlanda também. O processo inicial, no Brasil, se deu em
Maringá, depois em Curitiba. E nós estamos trazendo isso, Ver. Bernardino
Vendruscolo - grande parceiro -, nós resolvemos encarar esse desafio, e não o
faremos sozinhos, sabemos disso! Assim como o Ver. Adeli Sell, que vai trazer
Emendas importantes para o Projeto, também está indo para esse lado, no sentido
de complementação do Projeto.
É dramática a quantidade de produtos plásticos que
vão para o lixo diariamente, provocando a degradação do meio ambiente,
materiais que, por não serem biodegradáveis, levam séculos para se decompor. Na
Alemanha e na Irlanda, por exemplo, cobra-se de quem utiliza esse tipo de
material. A cidade de São Francisco aprovou uma lei que proíbe o uso de sacolas
de plástico nas grandes redes de supermercados. Vejam, é a primeira cidade dos
Estados Unidos que inicia esse processo.
Segundo
o Diretor do Instituto Cornell, a exposição de estrogênio sintético causa em
mulheres grávidas danos irreversíveis nos órgãos reprodutivos dos fetos, faz
com que sejam produzidas maiores células de gorduras e em maior quantidade.
Paris já aboliu.
Segundo
a Prefeitura de Porto Alegre, só nas unidades de triagem e reciclagem, as
sacolas plásticas - pasmem os senhores! - representam 16% das 220 toneladas de
plásticos comercializados no mês. Sr. Presidente, as sacolas de pano e de
papelão são feitas com matérias oriundas de fontes renováveis ou recicláveis; a
sacola de tecido ou papel é produzida a partir do amido de milho da mandioca e
de cereais.
A Carta da Terra traz o que pode acontecer ao
planeta e à humanidade. Se não mudarmos esse rumo, somente se reverterá esse
processo mediante paradigmas de relação com a natureza, com um novo padrão de
produção e consumo: ou mudamos ou morreremos. A natureza, nós sabemos, pertence à vida, é por isso um
direito fundamental e necessário. É necessário então consumir de forma
responsável e solidária. Para mim, esse Projeto é a possibilidade de cuidarmos
do futuro da nossa Cidade e também seguirmos o exemplo mundial.
O
plástico oxibiodegradável é compatível com compostagem, pode ser feito com
material reciclado. O material pesado está presente no tingimento do plástico,
na tinta, não no plástico. Portanto as sacolas plásticas transparentes evitam o
uso de pigmentação, preservando os recursos naturais. Sr. Presidente, o Brasil
possui posição privilegiada por dispor de matéria-prima renovável de baixo
custo. Há a vinculação da lei à ação e à campanha de difusão de assuntos como
sacola plástica com medida socioeducativas em instituições e empresas. As
sacolas plásticas são a pior embalagem para o lixo doméstico, são impróprias.
Senhoras e senhores, o plástico é o resíduo que mais polui a cidade e o campo.
Nós
estamos, dessa forma, contribuindo com a nossa Cidade, trazendo e associando
com as demais pessoas e instituições um problema que é de todos nós. E
queremos, sim, nos somar. Vamos iniciar um ciclo de debate junto com as
universidades e vamos procurar V. Exª, Sr. Presidente, para aqui fazermos uma
longa discussão, com uma Audiência Pública, em relação a esse tema, que tenho
certeza vai ser acolhido pelo Sr. Presidente, que tem sempre sido muito
solícito. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O
Ver. Dr. Raul está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. DR. RAUL: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
aqueles que nos assistem, eu me sinto motivado, em especial neste momento, no
sentido de nos debruçarmos sobre as questões do HPS. Porque o HPS é um hospital
da nossa Cidade, que vai agora para 64 anos, com excelentes serviços prestados.
Ele está exposto a um número maior de bactérias do que a maioria dos hospitais
por uma característica muito especial: recebe qualquer pessoa, a qualquer
tempo, nas situações mais graves possíveis. Nós temos que nos somar àqueles que
fazem com que tenhamos um fórum de hospitais nesta Cidade. Isso já foi proposto
pela nossa Comissão de Saúde no ano passado e foi acatado, mas deve ser melhor
conduzido, para que os hospitais se reúnam em um fórum permanente, trazendo as
questões que dizem respeito à infecção hospitalar, à ocupação de leitos, ao
atendimento, a cirurgias, para que daí saiam decisões melhores para a cidade de
Porto Alegre.
O
HPS já vem há mais de vinte anos sofrendo problemas muito graves, porque os
profissionais que lá trabalham, que fazem questão de trabalhar lá, até porque
existe um adicional pecuniário para isso, têm envelhecido, têm sofrido
restrições nas suas funções em decorrência do tipo de trabalho que fazem;
então, o corpo de enfermagem, o corpo médico, o corpo técnico já estão com uma
idade superior à que nós gostaríamos que lá tivesse. Nós precisamos realmente -
e isto a Gestão tem feito - olhar para dentro do HPS. O Dr. Paulo Azambuja,
atual Diretor, junto com o pessoal da Associação dos Funcionários, da
enfermagem, está permanentemente tentando buscar soluções, bem como os Secretários
- o Secretário Eliseu, o Secretário Clóvis -, com quem lá estivemos reunidos,
buscando soluções para que o nosso HPS seja até melhor e maior do que tem sido.
Infelizmente,
com o crescimento da Cidade, ele ficou fechado, vamos dizer assim, entre vários
bairros. Ainda é um hospital em que a gente consegue acesso de vários locais.
Para o trauma, ele ainda se presta muito bem, mas tem que ser revisto.
Inclusive se pensa em passar o HPS a uma fundação, para que ele passe a ser
conduzido através de uma fundação, e não apenas através dos recursos que hoje
por lá transitam, que são relativamente insuficientes. Nós temos lá, por
exemplo, um Serviço de Radiologia que tem mais de trinta anos, com uma
aparelhagem que deveria ser reposta, mas são aparelhos muito caros, aparelhos
que estão fora da possibilidade orçamentária. Na realidade, precisamos fazer o
crescimento do nosso HPS, e a nossa Prefeitura, o nosso Secretário têm se
dedicado a essa matéria. É que a questão é grave, é severa, nós sabemos que
essas infecções hospitalares oportunistas acontecem em todos os hospitais.
Infelizmente nós não conseguimos fechar as UTIs, limpá-las todas, ter o número
de funcionários suficientes. Que bom seria se tivéssemos realmente um atendente
para cada pessoa numa UTI, que é o que normalmente se preconiza. Hoje temos, em
média, um atendente para três pessoas, e, automaticamente, ele leva, por mais
que se lave, por mais que se higienize, pela força do deslocamento, uma
possibilidade muito maior de contágio às pessoas.
O
que nós queremos é um sistema de Saúde público e privado que atenda às
necessidades da população. Somos parceiros do HPS, somos parceiros da
Secretaria Municipal de Saúde, do Secretário Eliseu nessa luta; acreditamos
que, passo a passo, vamos melhorar a Saúde Pública de Porto Alegre. É uma
questão muito difícil, ela passa por questões nacionais e também por questões
estaduais gravíssimas. Recentemente poderíamos ter tido um fôlego maior, mas
fomos surpreendidos pela reprovação CPMF - que ficaria destinada somente à
Saúde. Acho que a sociedade em geral aprovou essa medida, mas deixou a área da
Saúde mais capenga, vamos dizer assim, todos estavam esperando mais recursos
para a área da Saúde, e tem de haver todo um remanejamento, uma reestruturação
para que esses recursos venham.
Eu
conheço muito bem a competência dos profissionais do HPS, tanto da área
técnica, como da sua Diretoria e Secretaria, todos estão voltados para a
solução do problema. Somos parceiros, como Comissão lá estivemos, fiscalizamos,
detectamos o problema, ele veio para a sociedade, e eu acredito que isso faz
com que tudo melhore nesse sentido, com que haja uma visão maior nessa matéria.
Nós precisamos, permanentemente, desse fórum dos hospitais trabalhando unido
para que tenhamos uma Saúde Pública melhor para todos nós.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo
Sr. Presidente da Câmara de Vereadores, Ver. Sebastião Melo; nobres colegas
Vereadores e Vereadoras, cumprimento efusivamente meu amigo fraterno Presidente
Arthur Dallegrave e toda esta colônia colorada, com que também me identifico.
Os
dias de hoje nos afetam diretamente em três assuntos preocupantes. Nós estamos
convivendo com três temas sérios, que, se já não são calamidade, estão chegando
perto de se tornarem calamidade em nosso País: na Segurança Pública, a
violência; a Educação e, principalmente, agora, a Saúde. Já desta tribuna, há
pouco tempo, denunciávamos a redução do investimento ou dos gastos sociais pelo
Governo Federal na Saúde e na Educação. Na Saúde, baixou de 16% para 11% a
participação das contribuições do povo brasileiro e, na Educação, de 8% para
6%.
Meus
senhores, hoje foi publicada no jornal Zero Hora uma pesquisa do Datafolha, e o
principal problema apontado já não é mais a violência, o desemprego, é a Saúde.
Vejam os senhores, o nosso HPS, que é hospital municipal - tudo bem -, recebe a
população de todo o Estado do Rio Grande do Sul, mas o Conceição, que é
federal, com toda a verba disponível do Governo Federal, está na mesma
situação! Isso é devido muito mais - também já falamos aqui - às políticas
reativas. Temos que ter políticas pró-ativas, prever o que pode acontecer, e
não apenas correr atrás, como costumo dizer, e “enterrar o cadáver”. A Saúde
hoje nos assusta: é a malária, é a febre amarela, é a dengue. Hoje também
ouvimos, no noticiário, sobre a tuberculose: o Brasil é campeão de mortes por
tuberculose no mundo! Ver. João Antonio Dib, até índios já morreram de fome,
neste Governo, lá no Mato Grosso, problema que sabíamos que iria acontecer.
Dizíamos
aqui que não tínhamos dinheiro necessário para sustentarmos o Programa do SUS.
Hoje vendo aí aquelas filas intermináveis, botando hospitais de campanha. Um
hospital da Aeronáutica atendeu 400 pessoas num dia. Eu não acredito que apenas
43 mil pessoas estejam procurando os postos. É muito mais. E já ser perderam
sessenta e tantas vidas, por falta de previsão, por falta de vontade política.
Já dizia um administrador que, na política, não basta enxugar a água da chuva,
é preciso prever que a água da chuva virá, é preciso limpar os bueiros antes de
a chuva chegar. Isso que é administrar com responsabilidade. Nós também estamos
vendo diminuírem os investimentos para a Educação; para a Segurança não há
sequer previsão de novos investimentos, sem falar na questão da impunidade na
área da Segurança. Além disso, temos um Governo que detém 2/3 do Congresso nas
suas mãos, em troca de cargos, ou seja lá por que outro motivo, fazendo com que
tenhamos essa violência, essa impunidade na área da Segurança. E não é feito
nada para mudar esse quadro. Morre mais gente no Brasil do que na guerra do
Iraque. Vivemos neste País maravilhoso e estamos apenas correndo atrás do que
está acontecendo hoje e do que vai acontecer amanhã, sem termos uma política
para evitar o que está acontecendo.
Se
assim continuar, nobres colegas Vereadores, nós estaremos criando, o que me
deixa entristecido, uma geração doentia, sem auto-estima, sem uma educação
adequada para a modernidade do mundo atual. Pior ainda: uma geração assustada
com a violência, sem confiança para poder ir e vir, um direito que ainda nos
resta nesse mundo livre e democrático. Espero que isso não esteja sendo feito
de forma proposital, para que o povo vire um instrumento de troca, através do
voto, em busca do poder. Eu não quero acreditar que isso seja possível, que
isso esteja sendo feito de forma proposital. É muito triste, mas hoje essa é a
nossa realidade, e nós temos que nos preocupar com ela, sim. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Registro a presença do Sr. Vitorio
Piffero, Presidente do Sport Club Internacional. Bem-vindo à nossa Casa,
Presidente. (Palmas.)
Havendo
quórum, passamos à
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 7967/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 249/07, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que
concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Doutor Clodoaldo
Efrain Ortega Pinilla.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica
para a tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA -
art. 82, § 2.º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 05-03-08;
- adiada a discussão por quatro Sessões.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLL nº 249/07. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 249/07. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO
por 27 votos SIM.
Apregôo a Emenda nº 01, de autoria da Verª
Margarete Moraes, ao PLE nº 010/08 (Lê.): “Acrescenta § 7º ao art. 3º do PLE nº
010/08, que autoriza o Executivo Municipal a conceder onerosamente o uso de
próprio municipal situado na Av. Padre Cacique ao Sport Club Internacional.
Art. 3º [...] § 7º - As contrapartidas do concessionário serão reavaliadas por
ocasião da implementação do projeto construtivo para a área em questão,
sobretudo quando as mesmas incidirem na estrutura e na paisagem, alterando o
regime urbanístico previsto para a unidade de estruturação urbana (UEU). Sala
das Sessões, 31 de março de 2008”.
Em
votação o Requerimento, de autoria da Verª Margarete Moraes, que solicita
dispensa de envio da Emenda nº 01 ao PLE nº 010/08 às Comissões. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Apregôo
Requerimento, de autoria da Verª Margarete Moraes, solicitando votação em
destaque da Emenda nº 01 ao PLE nº 010/08.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 1055/08 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 010/08, que autoriza o
Executivo Municipal a conceder onerosamente o uso de próprio municipal situado
na avenida Padre Cacique ao Sport Club Internacional.
Parecer Conjunto:
- da CCJ, CEFOR, CUTHAB
e CEDECONDH. Relator-Geral Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 02-04-08.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLE nº 010/08. (Pausa.) O
Ver. Nereu D’Avila está com a palavra para discutir o PLE nº 010/08.
O
SR. NEREU D'AVILA: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores,
especialmente a minha saudação fraterna ao Presidente do Internacional, Dr.
Piffero, aos Diretores, aos beneméritos, aos Conselheiros; senhoras e senhores
que nos honram com suas presenças nesta tarde.
O
Presidente Piffero esteve na Reunião de Mesa e Lideranças, foi um esforço comum
de nós todos para que fizéssemos um adiantamento, e há urgência máxima para
esta matéria, visto que o Presidente Piffero gostaria que sexta-feira agora,
dia 04 - ele nos colocou a par -, nos 99 anos do Clube, estivesse aprovado o
Projeto. Então, quero registrar, Presidente, senhoras e senhores Conselheiros,
Diretores e torcida, que, embora tenha cada Vereador as suas inclinações
clubistas, o caso aqui não é de clubismo: aqui o caso é de interesse público e
do interesse de um clube que foi recentemente campeão do mundo, um clube que
tem hoje reconhecimento mundial e que tem seguramente, se não a maior, uma das
maiores torcidas do Rio Grande.
A
matéria que está aqui para nosso julgamento hoje, para a nossa aprovação é,
claro, algo muito importante. Aliás, com a aprovação, pelo Conselho do Inter, da venda do
Estádio dos Eucaliptos, começa uma nova fase, eu diria, da Zona Sul de Porto
Alegre. Pela minha visão, ela será modificada positivamente para todos aqueles
que moram na Zona Sul e para a própria cidade de Porto Alegre, a começar pelo
Museu Iberê Camargo, que altera a cultura da Cidade. Depois, o alargamento da
Av. Wenceslau Escobar, que está para se realizar pela iniciativa privada,
mediante acordo com a Prefeitura, em relação às construções que a Goldsztein
fez. A Goldsztein está só aguardando algumas providências da Prefeitura para
alargar a Av. Wenceslau Escobar até a Av. Pereira Passos. Depois, o shopping,
que, ainda este ano, será inaugurado, o que mudará toda a figuração da Zona
Sul. E, finalmente, haverá as alterações a que o Inter está se propondo,
modificações que vão ser realizadas até para a Copa do Mundo de 2014, porque
evidentemente tem que se ter uma ótima receptividade para todos os estrangeiros
que vierem a Porto Alegre.
Então, no meu entendimento, porque estamos tratando
do Plano Diretor, portanto do aperfeiçoamento da Cidade e das modificações do
crescimento da Cidade... Posso dizer que o primeiro a ficar pronto, que é o shopping,
tem o compromisso de abrir uma clareira já para a circulação dos moradores da
Zona Sul, evidentemente para o acesso mais fácil dos moradores do Centro, da
Zona Norte, e para as outras obras que se sucederão, inclusive no antigo
Estaleiro Só, assunto que brevemente trataremos aqui na Câmara. E repito pela
enésima vez: aqueles Vereadores que foram visitar o Estaleiro, ou onde era o
Estaleiro, sob a Liderança da Verª Maria Celeste, que no ano passado presidiu
esta Casa, ficaram encantados com o projeto, porque ele mantém o que é
histórico no Estaleiro Só. Ele mantém a distância do rio, tudo que é prescrito
pelas leis; mantém avenidas de 20 metros, para que o ambiente seja ventilado, e
a altura dos prédios que lá se quer construir não ultrapassará o que já é a
altura do Museu Iberê Camargo. Portanto, essas obras todas, somadas, trarão uma
transfiguração à cidade de Porto Alegre na sua Zona Sul, trarão benefícios
insuperáveis para a população.
Dentro
desse contexto, não há dúvida - da outra vez o Presidente do Internacional
esteve aqui e nos apresentou o projeto da cobertura do Beira-Rio e todas as
transformações ali - de que a Zona Sul vai ficar, realmente, não só
transfigurada, mas aperfeiçoada, embelezada e será uma dádiva, uma nova visão
para todos os porto-alegrenses e para toda a população. O Projeto que veio aqui
hoje, do qual sou Relator, é absolutamente simples: trata de aluguel para EPTC,
trata da questão das crianças, ou seja, coisas, hoje, bastante simples. Depois
- evidentemente, agora, com o Conselho autorizando a venda do Estádio dos
Eucaliptos - outros projetos hão de vir para nós. Bom, são outros projetos, e
nós estudaremos à luz das novas transformações do Plano Diretor e,
evidentemente, em colaboração e estreita convivência com o próprio
Internacional, que é o primeiro interessado e que está sempre aqui para nos
informar, para nos prestigiar e nos dar as devidas explicações a respeito de
qualquer transformação na Cidade.
Portanto,
Sr. Presidente, eu quero agradecer a V. Exª, que me honrou em me indicar como
Relator do Projeto. Quero dar os parabéns a todos os Vereadores e Vereadoras
que se interessaram pela matéria de modo a que se usasse o art. 50 aqui,
permitindo que a matéria fosse imediatamente tratada, desde que todas as
Comissões concordassem. E todas as Comissões concordaram. Por isso, da semana
passada para cá, velozmente e tranqüilamente tramitou a matéria, e nós
votaremos daqui a pouco o Projeto. Parabéns à Cidade, porque o Internacional
também é um pedaço muito grande da Cidade e do Estado do Rio Grande do Sul.
Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O
Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir o PLE n° 010/08.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião “Pinheiro”; prezados colegas Vereadores e
Vereadoras; Sr. Presidente do Internacional, Piffero; família colorada aqui
presente, os nossos cumprimentos. (Manifestação inaudível do Ver. Haroldo de
Souza.) Quero dizer ao Ver. Haroldo que, se ele necessitar de um aparte, não há
problema.
O
Sr. Haroldo de Souza: Só
por causa de um engano que V. Exª cometeu: é Sebastião Melo, e não Sebastião
Pinheiro. Apenas isso, estava colaborando com Vossa Excelência.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Muito
obrigado, nosso Presidente Sebastião Melo, agradeço ao Ver. Haroldo a sua
permanente postura de atenção.
Quero
dizer que esse tema de mais uma estrutura para Porto Alegre que o Sport Club
Internacional apresenta neste momento é para que a Cidade possa avançar e se
qualificar sob o ponto de vista dos eventos esportivos e da sociedade colorada,
principalmente se apresentando e se organizando para um grande evento mundial
que é a Copa do Mundo de 2014. E nós temos que olhar muito para os exemplos que
o mundo constrói, esses grandes eventos se transformam em âncoras, para que os
países e as cidades que os sediam possam se tornar não só referência mundial,
mas principalmente qualificar a sua estrutura e o desenvolvimento da Cidade.
Portanto,
recebemos aqui nesta Casa o projeto do Internacional em seu todo; recebemos o
Presidente na nossa Bancada, coordenada pela nossa Líder, Verª Margarete
Moraes, quando fizemos um conjunto de discussões a respeito do tema: dúvidas,
análises e a estratégia desenvolvida para que o Projeto possa se efetivar como
um Projeto que realmente afirme qualidade para cidade de Porto Alegre. Fazendo
todo esse processo democrático de discussão e elaboração, estamos aqui hoje
prontos para votar o Projeto. E o Projeto que é trazido a esta Casa hoje, na
verdade, é uma pequena parte do que se propõe o Sport Club Internacional: é a
concessão, por parte do Município, de uma área de 4,3 hectares, em uma
interface entre o Parque Marinha do Brasil e o complexo esportivo do
Internacional, que já é utilizado hoje para estacionamento da EPTC. Então, que
a partir desta votação, em uma concessão onerosa do Município de Porto Alegre
para com o Internacional, possa se dar início à implementação e à implantação
do projeto.
Fomos
e somos sensíveis ao Projeto que o Executivo mandou a esta Casa. Fizemos todos
os acordos para a votação em regime de urgência. Acordamos com a Presidência do
Internacional e com os demais colegas Vereadores que, quando o Projeto vier em
definitivo, poderemos fazer debates com profundidade, inclusive para situá-lo
dentro do contexto, principalmente nos temas que dizem respeito à
infra-estrutura da Cidade, porque, do Centro até o bairro Cristal, ele não será
o único grande empreendimento que estará ali se instalando. Cinco ou seis
grandes empreendimentos estarão se instalando ali, e, com isso, certamente,
precisaremos tratar dos temas de infra-estrutura, por exemplo, do sistema
viário, de qual seria a saída para a complexidade e para termos um sistema de
transporte que seja eficiente, eficaz e que possa qualificar a Cidade.
Obviamente,
temos de tratar o conjunto desses empreendimentos, para visualizarmos o futuro
da cidade de Porto Alegre. Portanto, com relação ao Projeto que está hoje aqui,
essa autorização da Câmara Municipal de Porto Alegre ao Executivo, para
conceder, de forma onerosa ao Internacional, temos a opinião propositiva e
votaremos para que isso se efetive o mais rapidamente possível. A nossa posição
é de que este Projeto vem para qualificar a cidade de Porto Alegre, sendo assim
ele é um Projeto da cidadania, é um Projeto com o qual esta Casa se alia, e o
nosso Partido - sempre quando há temas polêmicos, discute, forma opinião - vota
neste caso a favor. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo):
O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir o PLE nº 010/08.
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, público que nos
assiste; eu me sinto bem à vontade aqui, porque não sou gremista, não sou
colorado, eu sou do Juventude de Iraí, Verª Margarete. E aqui está o Ver.
Adeli, que é da Grande Iraí, por isso não temos problema algum. Votando tanto
num projeto do Grêmio, quanto num projeto do Internacional, estaríamos votando
para o progresso da Cidade, da Capital dos gaúchos, para o progresso do próprio
Rio Grande do Sul. Votar num complexo que vai promover o esporte é votar em
progresso, é votar em turismo.
E,
por falar em turismo, Airton, nós hoje acompanhamos o Secretário do Turismo,
quando ele assinou um convênio com a 1ª Região Tradicionalista, através do qual
vamos divulgar o turismo em Porto Alegre na área do tradicionalismo. Quem sabe,
votando um projeto do Internacional, votando um projeto do Grêmio, do Zequinha,
do Cruzeiro, nós possamos, com isso, Ver. Ervino Besson, conscientizar aqueles
que já deveriam ter feito o nosso Parque Temático, Ver. Ismael. Porque nós não
podemos admitir o marasmo não só deste Governo, mas de todos, porque não
fizeram nada pelo tradicionalismo, Ver. Sebenelo.
E
nós precisamos! E o marasmo é não só deste Governo! Não é porque é meu Governo,
não é porque faço parte do PMDB que vou deixar de dizer a verdade. O seu
Partido esteve à frente da Administração Municipal por 16 anos e não fez nada;
e este está na mesma linha. Essa é a verdade. Nós não fizemos nada. Nada! E
temos tudo na mão para criarmos o Parque Temático. Aliás, é uma obrigação, mas
não estamos fazendo isto.
Então,
quem sabe nessa linha, Ver. Sebenelo, possamos clarear um pouquinho mais a
cabeça daqueles que deveriam ter a clareza de que investir em turismo; investir
no nosso tradicionalismo aqui é investir na Cidade, na Capital, no Rio Grande
do Sul. Talvez tenhamos, na Entrada da Cidade, placas divulgando a própria
Capital dos gaúchos, porque nós não temos isso, nunca tivemos. Nunca tivemos,
com todo o respeito! Ver. Sebenelo, eu tenho certeza de que V. Exª, que também
milita na área do tradicionalismo, tem essa consciência de que precisamos - e
aproveito o gancho - investir na nossa cultura. Eu não sou contra carnaval,
agora não posso admitir que, a cada ano, sejam largados milhões de reais lá e,
aqui, no nosso tradicionalismo, nada. Que os tradicionalistas não precisem
dizer, assim como estão dizendo: “Ainda estão nos devendo dinheiro porque nós
botamos do nosso bolso”. Para mim, isso é uma vergonha! Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O
Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para discutir o PLE nº 010/08.
Nós, que fomos contra os verdadeiros absurdos que
se perpetraram nesta Cidade com o Projeto Hermes, com o Projeto Germânia -
fomos ver, são 32 torres de 22 andares sem infra-estrutura -, podemos comparar
com este Projeto, que garante a infra-estrutura no acesso, no esgoto, no
saneamento. Isso num momento em que estamos vendo os lucros fabulosos que a
cidade do Rio de Janeiro obteve com o Pan-Americano; no mínimo, com o novo
Maracanã; no mínimo, com uma
nova estrutura de transporte; no mínimo, com um Engenhão espetacular - talvez,
uma das melhores coisas, em matéria de esporte, fornecidas a uma população,
pela sensibilidade dos construtores, que deram ao Brasil, hoje, os melhores pontos
do desenvolvimento do atletismo brasileiro.
Por
isso, este é o projeto Beira-Rio. Apenas eu estranho a Emenda. E peço ao
Plenário, com todo o respeito à Bancada do Partido dos Trabalhadores, que não
aprove esta Emenda, porque ela vai criar óbices para uma construção que vai ser
legitimada não só pela população de Porto Alegre, do Rio Grande do Sul, pela
população do mundo, mas principalmente pela mudança completa de um panorama
fantástico, de uma Cidade que tem o privilégio monumental de ter o rio. E nós
temos esse privilégio monumental de ter o nosso Estádio à beira desse rio. Só
os colorados têm o privilégio do pôr-do-sol monumental diário, dessa cena
magnífica; e nenhum afresco vai conseguir reproduzir numa tela a maravilha que
está sendo proposta.
E
nós vivemos este momento de euforia, sim, dentro dos gramados, fora dos
gramados, no crescimento de um País que precisa crescer, de um País que tem um
índice pequeno de desenvolvimento. Este Projeto representa desenvolver,
representa riqueza, representa cultura e representa, finalmente, a ambição; não
a ambição vazia, mas a ambição que há por trás uma seita maravilhosa de cor
vermelha. Nós não vamos deixar que qualquer problema de ordem administrativa,
dentro da lei, que faça perigar qualquer passo que seja, qualquer milímetro de
progresso que se tenha no dia-a-dia até 2014... Muito antes de 2014, nós já
teremos para apresentar um trabalho maravilhoso e uma nova fisionomia da
Cidade, que vai se caracterizar também por todas essas figuras que aparecem nos
concursos de beleza da Cidade. Presidente Piffero, haverá, no mínimo, quatro
grandes obras maravilhosas: Shopping da Barra, Museu Iberê Camargo, Pontal do
Estaleiro e, agora, o Projeto do Inter, Gigante para Sempre, que, como o
próprio nome diz, ele é gigante! Como diria Cristóvão Buarque, “há uma
diferença muito grande entre crescer e ser grande”, e nós já crescemos, nós
somos grandes, nós não abrimos mão de um milímetro desse crescimento
maravilhoso, desse desenvolvimento extraordinário. Esta Cidade sorriso sorri
sozinha, contente, feliz da vida, por um dos Projetos mais lindos de sua
história! (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo):
A Verª Margarete Moraes está com a palavra para discutir o PLE n° 010/08.
A
SRA. MARGARETE MORAES:
Querido Presidente, Ver. Sebastião Melo; Vereadores e Vereadoras, público que
nos assiste, todos das galerias, que nos honram com sua presença nesta Casa. Na
verdade, trata-se da concessão de uma área pública para uma instituição
privada, de uma legítima concessão. Ela tem tanto interesse público, que a
maior autoridade do Sport Club Internacional, o seu Presidente, neste momento,
o Sr. Vitorio Piffero, veio a esta Casa, veio à Bancada do Partido dos
Trabalhadores apresentar a idéia inicial do Projeto Gigante para Sempre; um
Projeto bonito, importante, interessante, sobretudo se pensarmos em 2014, na
Copa do Mundo. Mas esse Projeto não está na mesa agora.
O
que se trata agora é exatamente a concessão de uma área pública que fica entre
o Parque Marinha do Brasil e o Gigantinho, para um estacionamento a ser
gerenciado pelo Sport Club Internacional, através de uma contrapartida à
Prefeitura. Nesse mesmo local, o Governo da Administração Popular, quando eu
era Secretária da Cultura, quis construir a Pista de Eventos, quis construir o
sambódromo, porque ali é um local que guarda raízes, guarda identidade, Pedro
Diogo, com as origens do carnaval da nossa Cidade, porque é perto do Menino
Deus, é perto da Cidade Baixa. E é bom lembrar, neste momento, que o Governo
dizia que ali seria um equipamento cultural do Parque, mas não
houve compreensão da comunidade do Menino Deus, da Associação de Amigos do
Menino Deus. Havia um preconceito muito forte em relação ao carnaval, às
pessoas negras e às pessoas pobres; eles entraram na Justiça e ganharam, porque
diziam que ali era área do Parque, que não poderíamos construir a Pista de
Eventos ali. Esse é um registro.
Esse não é o caso da Bancada do Partido dos
Trabalhadores. Digo isso porque há muitas tentativas, neste momento, de colocar
a torcida do Internacional contra a Bancada do Partido dos Trabalhadores, mas
nós temos a nossa identidade, este é um Parlamento, um lugar onde se debate,
discute-se, e nós não vamos abrir mão de discutir, de debater e de aperfeiçoar os
projetos. E se aperfeiçoam projetos apresentando emendas, esse é o nosso dever,
para isso fomos votados e recebemos no final do mês. Nós queremos cumprir com o
nosso dever.
Sr. Arthur Dallegrave, quando o João Verle era
Prefeito, e eu era Presidenta desta Casa, o senhor participou das negociações
quando o Prefeito João Verle oficializou e regularizou todos os limites do
Sport Club Internacional. Eu tive a honra de presidir esta Casa e de agilizar
esse processo, e está tudo certinho hoje, está na forma da lei. Portanto, não
entendemos a fala do Ver. Sebenelo; quero dizer que ele faltou com a verdade ao
modificar o teor da nossa Emenda, porque ele quer confundir a torcida do
Internacional aqui presente, como se a Emenda fosse contra o Projeto. A Bancada
do Partido dos Trabalhadores tem personalidade, Ver. Brasinha, vai votar
favorável. Porque somos oposição ao Governo Municipal, temos muitas críticas
severas ao Governo Municipal, mas não somos oposição à cidade de Porto Alegre.
Nós amamos a cidade de Porto Alegre. Então, apresentamos uma Emenda, porque se
trata de um próprio público municipal que deve ser aperfeiçoado, que deve ser
melhor estudado, que merece mais atenção.
Nós não somos contra a Cidade; nunca impedimos, por
exemplo, a viagem do Prefeito Fogaça, assim como esta Casa impediu a viagem do
Prefeito João Verle uma vez. Nós nunca rejeitamos financiamentos para a cidade
de Porto Alegre, porque são importantes para a cidade de Porto Alegre. Vamos
ser críticos ao Governo e vamos votar favoravelmente. Nós somos oposição ao
Prefeito, à Prefeitura, queremos ser reconhecidos e respeitados como tal. No
momento adequado vamos defender a nossa Emenda. Os demais Vereadores do PT vão
me ajudar a defender a Emenda, porque o meu tempo está acabando, e queremos contar
com o apoio, com o respeito da torcida do Sport Club Internacional. Nós somos
favoráveis à concessão que hoje será votada aqui na Casa. Muito obrigada.
(Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Elói
Guimarães está com a palavra para discutir o PLE nº 010/08.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, senhores e senhoras, torcida aqui presente, Conselheiros do
Internacional, Presidente Piffero, quando aqui o Internacional apresentava aquele
projeto, eu chamava a atenção para um aspecto que reputo extremamente relevante
para a análise desta matéria, que é exatamente a figura jurídica do clube. O
que é um clube senão uma entidade que pode até, para determinados fins, ser
tratado como entidade privada, mas que tem finalidades amplamente públicas? O
clube é um ente público; toda a sua ação, toda a sua atividade, abre-se à
atividade pública!
O Projeto, Sr. Presidente, que vem à Casa é um
Projeto sobre o qual, ao longo da história, a Casa tem trabalhado. O
Internacional, juntamente com o Município, vai fazer um contrato, vai
estabelecer um pacto oneroso, numa pactuação muito bem lançada aqui, na medida
em que, eu diria, as relações entre as partes estão bem calibradas. Será
oneroso, não é gratuito, não é gratuito! E temos feito, ao longo do tempo,
comodatos, contratos de fins não-onerosos, e este que o Internacional traz é
oneroso, estabelece mecanismos de correção. Sr. Presidente, Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, trata-se de um Projeto fundamental aos interesses da Cidade,
aos interesses do Estado. Nós temos que nos preparar para o ano de 2014, sim.
Há necessidade de se montar uma grande estrutura em nossa Cidade para os jogos
mundiais, para a Copa do Mundo. Portanto, não há dificuldade para aprovar o
presente Projeto.
E mais: olhem só, observem o que estabelece o
parágrafo 5º do art. 3º (Lê.): “O concessionário, durante todo o período da
concessão e sem prejuízo do pagamento da remuneração” - é o que fará o
Internacional - “acolherá mensalmente 150 crianças e/ou jovens encaminhados
pelo Município, em projetos sociais de combate à vulnerabilidade social,
arcando com os custos inerentes ao seu atendimento, com atenção integral
durante o contraturno escolar”. Então, trata-se de um Projeto.. O Colorado
estará levando vantagem? Absolutamente não! Está fazendo o contrato,
compromete-se mensalmente a pagar e a dispor ali de uma área que tem todo
aquele abandono. Essa é a verdade, porque afinal ali não foi feito nenhum
tratamento do ponto de vista paisagístico, etc e tal.
Então se trata de um Projeto excelente, que atende
os fundamentos e as razões que o Colorado representa, e diria o Grêmio também,
essa é a verdade; são clubes das dimensões do Internacional e do Grêmio que
prestam serviços públicos quando estão fora do Estado, quando estão fora do
País, porque são verdadeiros embaixadores da nossa gente, da nossa terra.
Trata-se aqui de um Projeto que, se nos afigura, é absolutamente tranqüilo para
a sua aprovação, bem redigido, bem prescritas as suas normas de
responsabilidade, tanto do Internacional, quanto do Município.
Portanto, é a nossa manifestação, e examinamos, sem
clubismo na análise, absolutamente! Examinamos o Projeto do ponto de vista dos
seus prescritivos, perfeitamente dentro das regras e dos padrões éticos e
jurídicos. Portanto, está, a nosso juízo, em absoluta condição de receber a
aprovação da Casa. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLE nº 010/08.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, vamos simplificar: o Parecer foi aprovado por unanimidade,
portanto não há por que tanta discussão acontecer. A única dúvida que fica é
quanto à Emenda apresentada. A Verª Margarete Moraes, pela sua Bancada,
apresenta uma Emenda, acrescentando o parágrafo 7º ao art. 3º. E aí é que eu
tenho as minhas dúvidas, o Parágrafo 7º, que pretende a Bancada do Partido dos
Trabalhadores, no entendimento deste Vereador, é inferior ao Parágrafo 1º, que
aqui está na lei, que está muito bem elaborado.
Leio (Lê.): “Parágrafo 1º - A contrapartida devida
ao Município, referida ao caput deste artigo, deverá ser redimensionada
proporcionalmente em caso de ampliação do estacionamento localizado na área
objeto da presente concessão”, que é para o que serve a área proposta. E aqui
fala que deverá haver construções para haver redimensionamento. Portanto, acho
que a proposição do Executivo é melhor, sem dúvida nenhuma, para a cidade de
Porto Alegre, do que a Emenda proposta.
Por outro lado, já que falaram em vantagens, o
Município só terá vantagens. “Art. 5º - O Sport Club Internacional deverá
disponibilizar as instalações do próprio municipal concedido por esta lei para
o desenvolvimento de atividades com a comunidade sempre que solicitado pelo
Município e desde que respeitado o calendário de atividades do concessionário”.
E ainda há o parágrafo único: “A Administração Pública Municipal poderá
utilizar o próprio municipal concedido por esta lei sem quaisquer ônus,
inclusive as edificações porventura realizadas pelo concessionário para o
desenvolvimento de projetos e programas
de esporte e combate à vulnerabilidade social” - além dos 150 jovens que devem
ser cuidados pelo Sport Club Internacional. Chamo a atenção para o parágrafo
único, onde diz: “sem qualquer ônus”. Nós só temos que votar e aprovar. Saúde e
PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A
Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLE nº 010/08.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
prezada torcida do Inter, Direção do Clube, que tanto orgulha o nosso Rio
Grande e que faz grande também o Grêmio. Aqui fala uma gremista, e digo que o
Projeto Gigante para Sempre é muito bem-vindo na cidade de Porto Alegre, é
muito bem-vindo no Estado do Rio Grande do Sul. Uma gremista que é Parlamentar,
portanto não pode votar nesta Casa por suas preferências de time, de religião
ou por qualquer opção que não seja a do profundo respeito pelo cidadão, pela
cidadania desta Cidade e pela coisa pública. Uma gremista que é mãe de
colorados, esposa de colorado e que, portanto, tem a mesma empolgação para que
o Inter seja cada vez melhor acolhido nos seus jogos, para que seja cada vez
mais espaço de atração no turismo, proporcionando a projeção da cidade de Porto
Alegre. Eu queria homenagear a torcida na figura do meu sobrinho, Geison, da
torcida colorada; ele está nos acompanhando, veio ouvir uma discussão
importante desta Casa.
Na
condição de Parlamentar, tenho que tratar com muita seriedade a área pública
que está sendo solicitada pelo Internacional. Essa área, de mais de quatro
hectares, hoje é uma área de parque, é uma área polêmica da cidade de Porto
Alegre, porque para lá já foram pensados outros projetos, e há uma discussão,
sim, da preservação ambiental. Nós estamos cedendo e concordando com a
contrapartida, entendendo que hoje ela tem esse regime urbanístico, e, em
relação às intenções - dizia aqui nesta Casa na segunda-feira e dizia na
Bancada -, ninguém está enganando o Parlamento nem a cidade de Porto Alegre. A
postura da Direção do Inter está sendo muito ética e muito clara, mostrando-nos
como é o grande projeto que prevê, nessa área que nós estamos fazendo a
cedência, mais de três mil vagas de estacionamento, portanto uma construção.
O
que é que nós, como Parlamentares, entendemos que é preciso ter como precaução?
Essa área pública, da qual nós precisamos prestar conta a todos os cidadãos gremistas
e colorados desta Cidade, vai sofrer uma mudança de regime urbanístico.
Explicando para os jovens: há um Projeto em tramitação na Prefeitura - não é
este que nós estamos votando - que vai criar a possibilidade de lá se construir
um edifício mais alto, o que hoje não é possível; de construir estacionamento
nessa área que será cedida, o que hoje não é possível pela lei municipal. Isso,
portanto, trará uma mudança - inclusive nos lucros, nos proventos, na
sustentabilidade do projeto do Inter - que eu acho que será positiva e será de
forma muito tranqüila, mas que deverá ser bastante debatida. Deverá ser
formalizado um Projeto de Lei, mudando esses índices, provavelmente mudando
essa área, que hoje é de parque, para uma área concedida também para construção.
Então,
a nossa preocupação - e acho que o Legislativo tem que ter essa preocupação - é
de viabilizar o projeto, e o Presidente nos dizia: “Nós precisamos dessa área
já cedida para o Inter, porque o projeto, então, tem consistência, ele tem um
espaço”. Muito bem! Nós estamos concordando com isso, nós estamos propondo uma
Emenda, que diz que, depois, definido o novo regime urbanístico, nós teremos -
e o Governo Municipal tem co-responsabilidade - de rever, com o Inter, a
contrapartida ao público, à Cidade, à cidadania. E me parece uma Emenda
tranqüila, não é uma Emenda que cria barreiras, é uma Emenda que cria, sim,
responsabilidade de todos nós com a cedência dessa área pública para uma
instituição privada. Nós entendemos que, com isso, estamos colaborando para que
se preservem as relações entre o público e o privado de forma ética e
transparente; estamos, sim, dando condições ao Inter para desenvolver o seu
projeto, para buscar patrocínio.
Eu
e a minha Bancada, a do Partido dos Trabalhadores, temos certeza de que a
cidade de Porto Alegre, Presidente, que hoje é conhecida no mundo pela sua
democracia, inscrita no mapa do mundo pelo seu processo de vinte anos de
democracia participativa, a partir de 2014 vai ser conhecida no mundo pelas
suas torcidas unidas, defendendo o Brasil, pela bela torcida que defende a
alegria, a saúde, a dignidade, o direito ao lazer e à cultura dos nossos jovens
do Rio Grande do Sul e do mundo, porque vai acolher com um belo espaço, porque
vai fazer uma linda festa em Porto Alegre, e o Inter será protagonista dela
tenho certeza. (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O
Ver. Ervino Besson está com a palavra para discutir o PLE nº 010/08.
O
SR. ERVINO BESSON: Meu
caro Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e
senhores que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16, queria saudar a
todos. Quero fazer uma saudação muito especial ao nosso querido Presidente
Vitorio Piffero e incluir mais uma pessoa nesta saudação: nosso querido Arthur Dallegrave. Quero cumprimentar os demais membros da
Diretoria, enfim, esta grande família que é a família colorada! Gigante para
sempre! Essas abnegadas pessoas, que são vocês e outras que não puderam estar
aqui no dia de hoje, têm esse extraordinário empreendimento para a cidade de
Porto Alegre. Outras gerações - porque nós somos mortais - ficarão, sem dúvida
nenhuma, com essa grande obra, que será eterna para a cidade de Porto Alegre.
Se algum dos Srs. Vereadores tem alguma dúvida sobre o Projeto da, sobre a
contrapartida - o Sport Club Internacional fica no trajeto que eu faço
diariamente para vir à Câmara -, serão 150 jovens atendidos diariamente pelo
Clube gratuitamente. Eu pergunto: algum órgão público tem condições de atender
esses jovens, que podiam estar jogados na rua? Tem condições? Claro que não!
Não tem. Agora, o Clube vai fazer esse trabalho extraordinário para esses
jovens, dos quais muitos poderiam estar atirados na rua!
E
mais, leio o art. 5º diz: “O Sport Club Internacional deverá disponibilizar as
instalações do próprio municipal concedido por esta lei para o desenvolvimento
de atividades com a comunidade sempre que solicitado pelo Município e desde que
respeitado o calendário de atividades do concessionário”. Poxa vida! Acho que
um Projeto que coloca à disposição do órgão público, do Executivo Municipal,
instalações, quando necessitar de um evento na área social - claro que tem que
respeitar o calendário! -, sem dúvida nenhuma, será histórico para a cidade de
Porto Alegre.
Verª
Sofia Cavedon, V. Exª colocou que é um espaço público, e nós temos aqui em
Porto Alegre muitos espaços públicos. Nós vamos retomar essa discussão na Casa,
temos obrigação de retomar, mas o faremos em outra oportunidade. Por exemplo,
nós temos um espaço no Centro de Eventos, próximo à Câmara Municipal, no Parque
Maurício Sirotsky Sobrinho. Aquele espaço é público ou não? Então, Srs.
Vereadores, procurem esse espaço público e tentem fazer um evento. Tentem
fazer! Isso nós temos que discutir aqui, porque isso, sim, é espaço público. E
deveria, no momento em que foi feito o processo licitatório, haver uma
cláusula, para que, quando alguma entidade ou um órgão público necessitasse do
espaço para um evento social, deveria conseguir. Consegue? Essa discussão nós
vamos retomar aqui, sim, em outra oportunidade! É obrigação desta Casa. Porque
eu já tentei fazer um evento social, em que o lucro seria todo ele dividido
entre as entidades sociais, tudo documentado, e não consegui. Foi uma ofensa
para este Vereador! Para mim não, para a Cidade! Então, esse, sim, é um espaço
público, Ver. Todeschini. Como foi feito o processo licitatório eu não sei, mas
vamos saber no decorrer do tempo.
O
Sr. Carlos Todeschini: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Ervino. É
justamente pelas razões que o senhor alega que nós estamos apresentando a
Emenda, porque viabiliza esse tipo de articulação. Obrigado.
O
SR. ERVINO BESSON: Tudo
bem, mas a contrapartida do Sport Club Internacional está clara aqui, Vereador,
a Cidade vai ganhar com isso. Com um empreendimento dessa grandeza, nós
teremos, em 2014, uma Copa do Mundo, em que a Cidade ganhará, gremistas e
colorados. E vejam a coragem da Direção do Sport Club Internacional! Quem ganha
com esse empreendimento é a cidade de Porto Alegre, e a Câmara Municipal tem
que elogiar essa atitude. Eu também quero elogiar a atitude do PT. Numa reunião
de Mesa, a Líder do PT falou da gentileza do Presidente do Sport Club
Internacional quando da sua vinda até esta Casa. Depois, por solicitação da
Bancada do PT, ele novamente retornou, o que demonstra a grandeza do Presidente
do Clube. Esse reconhecimento é sinal de grandeza, é sinal de que ele ama esta
Cidade, é sinal de que ele ama o Clube; e, amando o Clube, no mínimo ele ama a
metade da população deste nosso Rio Grande. Portanto, parabéns, Diretoria do
Internacional! Parabéns, grande família do Internacional! Eu tenho certeza de
que a cidade de Porto Alegre será muito grata por esse grande empreendimento!
Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para
discutir o PLE nº 010/08.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, eu juro que neste momento a gravata azul não é provocação! Nós
estamos discutido a aprovação deste Projeto, assim como nós já discutimos, em
outros momentos, projetos que vieram beneficiar tanto o Grêmio como o
Internacional. Eu me lembro, Ver. João Dib, que, num mesmo momento, exatamente
num mesmo ano, esta Câmara de Vereadores votou a doação de uma área para o
Grêmio, onde há o Largo dos Campeões, e a doação de uma outra área para o Sport
Club Internacional, onde foi construído o Parque Gigante. Ver. Elói Guimarães,
V. Exª foi o Relator. Eu lembro que esses Projetos de doação geraram muitas
críticas dentro da sociedade. E nós justificávamos a atitude que tomávamos,
votando favoravelmente aquela doação, dizendo que tanto o Internacional como o
Grêmio são instrumentos da grandeza de Porto Alegre. Se a nossa Cidade tem a
pujança que tem, é conhecida praticamente no mundo inteiro, muito se deve,
exatamente, ao trabalho que é efetuado pelas pessoas que se dedicam tanto ao
Grêmio quanto ao Internacional. Então, é claro que a Cidade também tem que
devolver para essas instituições algo para que elas possam se tornar cada vez
mais valiosas e cada vez mais conhecidas.
Mas
é a primeira vez, que eu lembre pelo menos - e eu estou aqui há muitos anos -,
que nós estamos votando aqui na Câmara Municipal um projeto onde um dos times de
futebol da nossa Cidade resolve fazer um contrato onde ele vai ter ônus maiores
do que já tem no presente. Hoje existe um contrato entre o Internacional e o
Município de Porto Alegre para aquela mesma área, que rende muito menos do que
o contrato que o Internacional quer fazer. Eu acredito que é uma nova
consciência com relação aos clubes de futebol, eles sabem muito bem que a
Cidade lhes deve muito, mas sabem muito bem que a Cidade também precisa deles
de todas as formas.
Então,
eu acho que o Projeto que nós estamos votando hoje aqui, Ver. Elói Guimarães, é
um Projeto totalmente diferente daqueles que já votamos lá no passado. Este
Projeto é bom para a Cidade no seu todo. Nós, fazendo com que o Internacional
tenha a possibilidade de ocupar aquele espaço, vamos fazer com que o
Internacional possa se tornar maior ainda do que é. Mas acontece que a Cidade
também vai ganhar com isso. É um negócio bom para todo mundo. Eu acho que a
Emenda que foi colocada pela Bancada do PT - eu estava falando para alguns companheiros,
inclusive para o Ver. Adeli Sell - é aquele negócio que “não fede e não
cheira”, porque quem vai fazer essa reavaliação são os próprios técnicos que já
fizeram essa avaliação agora. Os técnicos da Prefeitura que fizeram essa
avaliação são os técnicos da Prefeitura que poderão fazer a reavaliação. Então,
eu pelo menos coloco que tanto faz aprovar a Emenda como rejeitá-la, porque não
irá acrescentar absolutamente nada ao Projeto. É praticamente, na minha opinião
pelo menos, absolutamente inócua. Pode servir, quem sabe, Ver. João Dib, de
justificativa para os nossos amigos do PT votarem favoravelmente, já que foi
criado um clima todo no início. Nós, Ver. João Bosco Vaz - V. Exª que está
retornando a esta Casa - não temos nenhum problema em votar favoravelmente o
Projeto. Quanto à Emenda, acho que o PT deveria retirá-la, porque ela não irá
causar nenhum tipo de efeito maior do que realmente poderia causar com a
simples aprovação do Projeto. O Projeto é bom, é bom para a Cidade e é bom
também para o Internacional. Então, nós temos a obrigação de votar
favoravelmente.
(Não
revisado pelo orador.)
Então
são questões técnicas a serem discutidas, até porque, na construção do Museu
Iberê Camargo, ficou evidente, Ver. João Dib, que, por meio de uma obra de
engenharia, se construindo uma alça pela direita, passando por debaixo da rua,
abriríamos uma entrada no Museu Iberê Camargo. Portanto, essas questões têm que
ser pensadas, porque nós precisamos ter fluxo na Cidade, precisamos ter acesso
fácil. Hoje o que vemos é, por falta de estacionamento, flanelinhas fazendo
extorsões, cobrando dez, vinte reais para deixar o carro na rua. E nós
precisamos exatamente modernizar a cidade de Porto Alegre. Por isso votaremos a
favor deste Projeto e esperamos a compreensão dos colegas para com a
nossa Emenda, que é uma Emenda para ajudar e não para atrapalhar. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª
Maristela Maffei está com a palavra para discutir o PLE nº 010/08.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
senhoras, senhores, gloriosa torcida do Internacional. Observar os critérios
técnicos, jurídicos, ambientais, econômicos, sociais não é benesse de ninguém
nesta Casa, é uma obrigação de todos, ninguém de um determinado Partido ou de
outro é mais cidadão em Porto Alegre. Quero dizer que essa posição não é uma
posição isolada desta Vereadora, estou acompanhada aqui pela Bancada do PCdoB
estadual e municipal. Então estou tranqüila, não é apenas o voto e a posição de
uma torcedora do Internacional, mas fico feliz por ser. E fico feliz por ser
torcedora do Internacional, porque é justamente o glorioso Internacional que
traz a esta Casa um Projeto que recoloca a cidade de Porto Alegre em outro
patamar, de um patamar que possamos nos orgulhar. Nós não vamos mais apenas
para o Estádio, nós também vamos estar acolhendo outras torcidas - do Grêmio,
do Juventude, do Caxias, do Flamengo, do Pelotas - e toda a população do nosso
País e também do Exterior.
O
PCdoB não vai fazer nesta Casa um palanque apenas para fazer oposição, porque
não é um Projeto da nossa futura Prefeita desta Cidade, a camarada Manuela. Não
importa que é do Prefeito Fogaça, se é um Projeto bom, digno, se pudermos votar
com retidão, nós o faremos, não apenas este, mas qualquer outro que traga
benefício à nossa Cidade. Quero deixar claro à Líder do Partido dos
Trabalhadores, Verª Margarete, que sabe do carinho e respeito que tenho por ela,
que o PCdoB não vai acompanhar a Emenda que V. Exª protocolou nesta Casa, não
no sentido de retaliação, mas no sentido de que a Emenda, por uma compreensão
técnica e jurídica, do nosso ponto de vista, não traz absolutamente nenhuma
modificação expressiva que possa trazer um contraditório àquilo que está sendo
apresentado nesta Casa.
Então,
em nome da Bancada do PCdoB, nós estamos votando a ponta deste Projeto, dando
condições para vir o restante. Que possamos o aprovar o mais breve possível,
não é possível constatarmos tudo o que significou para o País em termos de
esporte o Pan-Americano no Rio de Janeiro e nós, aqui em Porto Alegre, que nos
consideramos a Capital civilizatória do mundo, não estarmos de portas abertas
nesse momento glorioso e importante. E, ao contrário de muita gente, eu quero
dizer, mais uma vez, que fico extremamente envaidecida por ser um Projeto que
vai ser bom para Porto Alegre e me orgulho por demais por ser, desde o berço,
colorada. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O
Ver. Haroldo de Souza está com a palavra para discutir o PLE n° 010/08.
O
SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; Vereadores e Vereadoras, comunidade colorada,
campeã mundial FIFA, os nossos cumprimentos, muito obrigado pela presença de
todos.
Estamos
aqui para discutir hoje não ainda o Projeto Gigante para Sempre, mas um
negócio, não é uma doação, ninguém está doando nada ao Sport Club
Internacional. O Internacional nos procurou, e não é só privilégio da Bancada
dos Trabalhadores ter sido procurada pela Direção do Internacional. O
Internacional procurou todos nós, porque todos nós somos trabalhadores, não há
o privilégio de apenas um grupo se afirmar como trabalhadores - trabalhadores
somos todos nós. Então, não vamos misturar as coisas.
Sobre
a Emenda criada ao Projeto - que certamente será aprovado aqui na Casa -, eu
faço minhas as palavras da Verª Maristela Maffei: não vejo nada, tecnicamente,
que possa alterar o Projeto. Logo, estou abrindo o meu voto: vou votar contra a
Emenda, evidentemente que vou, como vou votar a favor do Projeto. O terreno que
hoje é explorado pela EPTC passará a ser explorado pelo Internacional, com um
ganho valioso financeiramente para Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Quando
eu cheguei aqui em 1974, não esperava encontrar um gigante como este, que é um
tal de Sport Club Internacional. Isso é muito forte, isso aí está cravado, está
incrustado no fundo da alma de metade do Rio Grande do Sul, ou um pouco mais,
sei lá, não entro nesse mérito. É uma entidade que nós respeitamos, amamos, a
exemplo do Grêmio, que vem aqui pede, e nós atendemos.
Hoje
o que se faz ao Internacional se está fazendo à cidade de Porto Alegre. Quem
sabe, com tudo isso que o Internacional sonha em realizar naquele setor da
Cidade, na nossa querida Capital, criemos vergonha na cara, nós, que somos
governantes, legisladores, executivos, que também possamos implantar, desde o
Muro da Mauá, desde o Cais do Porto, as melhorias de que a cidade de Porto Alegre
necessita. O Internacional salta na frente. Eu não estou aqui defendendo o
Internacional em termos de Copa do Mundo de 2014, porque sou absolutamente
solitário nesta minha empreitada: sou absolutamente contra o Campeonato Mundial
de 2014 ser realizado em nosso País, com todo o respeito que tenho àqueles que
são favoráveis. E única e exclusivamente porque o País não está dotado ainda de
um plano de saúde para o povo; o País não está dotado ainda de uma educação de
Primeiro Mundo para sua gente, então por que Copa do Mundo? E Copa do Mundo em
Porto Alegre? É apenas um jogo isolado.
O
que eu penso é que o Projeto Gigante para Sempre é para a comunidade do
Internacional, para os que aqui estão hoje e para os que virão, um estádio
moderno, confortável, um estacionamento não sendo explorado por flanelinhas,
mas, sim, pelo Internacional. Todas as melhorias que serão feitas na orla do
Guaíba de responsabilidade do Internacional serão um cartão postal, um cartão
turístico para cidade de Porto Alegre. Estou me lixando com Copa do Mundo, eu
não quero Copa do Mundo no Brasil, não quero! Eu não quero dinheiro sendo
empregado em obras faraônicas, para que Ricardo Teixeira e outros mais, Lula,
ou quem esteja na Presidência da República, sejam beneficiados, popularmente falando,
com a Copa do Mundo. É um jogo isolado, um jogo para Porto Alegre só.
Agora
o que nós temos no dia-a-dia são as crianças de rua, a Saúde sucateada e a
Educação em terceiro plano - por que Copa do Mundo? Eu não defendo o Projeto
Gigante para Sempre por causa de Copa do Mundo 2014; eu o defendo por causa
dessa extraordinária torcida, que, ao longo de 34 anos, me deu enormes
alegrias, profundas emoções, não só aqui pelos campinhos do Rio Grande, não só
pelos estádios do Brasil, mas por todos os cantos e recantos deste mundo.
Recentemente - ainda está guardada na minha memória - houve a explosão de um
povo em Yokohama, no Japão, e o Inter campeão mundial FIFA. Como negar alguma
coisa ao Internacional ou ao Grêmio? Como negar alguma coisa ao Internacional,
que é, indiscutivelmente, uma das bandeiras gloriosas do Rio Grande do Sul?
Portanto, vamos em frente com o Projeto, e voto contra a Emenda. Muito
obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE ( Sebastião Melo):
O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para discutir o PLE nº 010/08.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, todos que nos
assistem e, de forma especial, esta torcida colorada: este Projeto de Lei que
vem à Câmara Municipal de Porto Alegre eu encaro como parte do meu mandato e
como um dos dias de suma importância, se a minha história política for de
quatro anos. É muito importante poder participar desses debates e ajudar a
decidir sobre esse Projeto, que é tão importante para a nossa Porto Alegre.
Vamos fazer aqui diversas análises. Sob o aspecto cultural, trata-se do esporte
predileto do povo brasileiro; sob o aspecto turístico da Cidade, temos esta
orla do Guaíba maravilhosa, que ainda está para ser construída, para que,
turisticamente, Porto Alegre seja a capital mais linda deste País pelo que
temos no nosso entorno.
O
Sport Club Internacional, e tive uma passagem por lá, pelo judô - velho
guerreiro Chamun -, faz uma proposta digna à Prefeitura de Porto Alegre. Hoje,
conforme informações da EPTC, o Município busca uma arrecadação em torno de 200
mil reais/ano, mas não é líquido. Ao lhe aferir a receita de 200 mil, com
certeza, paga funcionários, tem despesas, não é líquido. E o Sport Club
Internacional oferece 300 mil líquido à Prefeitura, e o mais importante é a
inclusão social de 150 jovens, é a parte que mais me emocionou ao ler o
Projeto. Porque, conforme eu falei ao Diretor Chamun, nós somos Diretores da
parte amadora do Internacional, vejam o quanto isso vai ser importante para as
múltiplas atividades que o Clube tem, de aproveitar esses jovens, por motivos
que não interessam aqui, descaminhados, talvez possamos recuperá-los através do
esporte: se não gosta do futebol, através do esporte amador, seja lá o esporte
que for. Essa é uma coisa maravilhosa do Projeto.
O
Projeto está perfeito, ele é reajustado pelo IPCA, ele está completo. Em
relação a Projetos como este e a outros que estão sendo anunciados, cabe a nós,
Vereadores de Porto Alegre, nos engajarmos, estudarmos, mas com um rumo, com
pensamento de desobstruirmos as dificuldades. Grêmio, Internacional, seja o
clube que for, sociedade que for, faz parte da nossa Cidade, faz parte desta
Câmara de Vereadores. Talvez chegue o tempo de, Presidente Artur Dallegrave, de
repente, o Poder Público se reunir para exigir que o Internacional amplie
aquele acervo esportivo para bem atender a população de Porto Alegre, a
população do Estado e a população que vem de fora dos outros Estados para
compartilhar das disputas esportivas com a nossa equipe.
O
Internacional faz, com eu falei antes, uma política pró-ativa, caminha para
frente para evitar que amanhã ou depois ele esteja estrangulado e não possa
cumprir com as suas funções devido à sua grandeza. E, desta torcida
maravilhosa, eu sou apenas um grãozinho de areia, mas muito me orgulha, muita
alegria o Inter me deu. Lá em casa nós temos Grenal, meio a meio, a família é
dividida. Mas também, se o Grêmio tiver projetos como este, com certeza, se
aqui estiver, estarei defendendo com a mesma emoção, com a mesma clarividência,
com a mesma convicção. Parabéns à cidade de Porto Alegre! Com certeza, com
esses Projetos, a Cidade será mais acolhedora, terá mais auto-estima a sua
população, considerando-se cada vez mais bela. Parabéns ao Internacional, sucesso
e conte com a gente. Obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O
Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLE nº 010/08.
Não entendo qual é a estranheza do Ver. Sebenelo em
relação à apresentação de uma Emenda. A Emenda que a Bancada do Partido dos
Trabalhadores apresenta é muito clara e objetiva, é uma Emenda que não só
desengessa o projeto original como pode reavaliar as contrapartidas mais
adequadas na hora adequada de serem feitas. Até pelo seguinte, vejam: nós, para
viabilizar o lançamento do empreendimento no dia 04, dia do aniversário do
Internacional, fizemos acordo para isso estar acontecendo e para podermos
votar. Agora, se tivéssemos feito o Pedido de Informações formal, e o Governo
tivesse que responder formalmente, isso não estaria acontecendo, não se daria
condições de fazer aquilo que o Presidente Vitorio Piffero quer fazer, que é
apresentar o Projeto na sexta-feira. Portanto, estamos sendo colaboradores e apoiadores da
idéia, para que se viabilize essa apresentação.
Agora
eu quero dizer: se dependesse da resposta que o Poder Executivo deu em relação
ao questionamento que fizemos informalmente, nós não poderíamos votar, porque
não veio explicação nenhuma, e as poucas explicações que vieram, vieram muito
mal, o que talvez nos obrigasse, se não fosse a boa vontade, a votar contra.
Essa é a realidade. Portanto, Sebenelo, não venha aqui fazer tantas glórias ao
seu Prefeito. Aliás, o seu Prefeito foi criticado, hoje ao meio-dia, no fórum
do Sebrae, porque Porto Alegre não se fez representar pelo Sr. Prefeito e não recebeu
nenhum dos prêmios, onde trinta municípios do Rio Grande foram agraciados.
Portanto, menos, menos.
(Aparte
anti-regimental do Ver. João Carlos Nedel.)
O
SR. CARLOS TODESCHINI: O
Prefeito não esteve lá, foi criticado pelo Sperotto, que representava o Sebrae.
Por quê? Porque não se fez presente e não deu explicações aceitáveis por que
não estava, e Porto Alegre não ganhou nenhum prêmio.
Portanto,
eu quero fazer uma relação, porque aquilo que está sendo dito... E não é à
força que se aprovam as coisas, porque nós temos que ter um respeito com a
Cidade, seja do Grêmio, seja do Internacional, seja do São José, seja do
Cruzeiro, seja de quem for, e até agora nós não recebemos as informações que
pedimos ao Poder Executivo. Portanto, estamos tendo aqui boa vontade,
compreensão e colaboração com a vontade do Presidente Piffero, da Diretoria do
Internacional, que veio nos procurar. Porque, se dependesse das respostas e do
dever do Poder Executivo, nós seríamos obrigados a repensar isso. Não vamos
trabalhar nessa direção, vamos na direção do espírito de colaboração, de
aprovar o Projeto, por isso uma Emenda, porque as coisas vieram de maneira
muito apressada. Tivemos um tempo mínimo para examinar a matéria e gostaríamos
de ter o tempo hábil, o tempo necessário, já que se trata de uma grande
intervenção, uma importante intervenção na cidade de Porto Alegre e que vai
dizer respeito a todo futuro, não só a esse evento. Como muito bem foi dito, os
grandes projetos que se articulam na região precisam de uma visão urbanística e
de futuro para toda a Cidade. Obrigado e um abraço a todos. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A
Verª Maria Celeste está com a palavra para discutir o PLE n° 010/08.
A
SRA. MARIA CELESTE: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores,
primeiro eu quero salientar que a discussão deste Projeto não tem absolutamente
nada a ver com ser gremista ou ser colorado. Eu acho que nós, Vereadores desta
Casa, temos maturidade para compreender a importância dos Projetos que aqui
chegam, sem levar em conta a sua cor, a cor do seu time.
Quero
também resgatar algumas questões que acho importantes, Ver. João Bosco Vaz. É
muito importante a sua vinda aqui, quero saúda-lo pelo retorno à Casa. A
Bancada do PT - e o senhor sabe, já há muitos anos é Vereador nesta Casa - tem
uma dinâmica toda própria, reúne-se com regularidade e gosta, sim, de discutir
os Projetos, de verificar, de ler, de aprofundar a discussão; tem
responsabilidade com a sua atuação e seus mandatos dentro desta Casa e jamais
fez simplesmente uma oposição raivosa ou por ser oposição ao atual Prefeito.
Com essa postura, nós quisemos construir juntos um Projeto que veio e que vai
ser aprovado num tempo recorde nesta Casa - porque a tramitação dos Projetos
nesta Casa, de uma forma regular, exige um processo um pouco mais longo. Com
essa responsabilidade, a Bancada do PT, entendendo a urgência e a necessidade
da Direção do Internacional, se colocou à disposição, e à disposição para
discutir, para estudar o Projeto. Por isso, Ver. Ervino Besson, diante da
dúvida sobre várias questões do Projeto, nós convidamos o Presidente do
Internacional, que gentilmente esteve conosco numa reunião de Bancada, para
esclarecer todas as questões da Bancada do Partido dos Trabalhadores. Isso foi
extremamente importante. Esta Bancada age dessa forma, ela não tem qualquer
preconceito com qualquer segmento da Cidade, busca informações para se
apropriar devidamente do Projeto.
Eu
quero lembrar aqui, quanto à área destinada ao estacionamento, que há tempos foi
rejeitado pelo próprio Internacional o uso da área para a implementação da
Pista de Eventos, por ser considerada uma área de parque. Por isso, todas essas
dúvidas que levantamos durante o Projeto, que construímos juntos, que
construímos através de uma Emenda, foram levantadas, foram colocadas. Portanto,
estar neste momento discutindo o Projeto, querendo inclusive aprimorar o
Projeto, contribuindo com a proposta de uma Emenda, é maturidade da Bancada do
Partido dos Trabalhadores.
Quero aqui salientar que a Emenda vem para
contribuir. Talvez seja um zelo maior da Bancada com a Cidade; não queremos
pecar pelo excesso de zelo, mas não queremos também ser responsabilizados pela
omissão de atos da nossa Bancada em relação a Projetos que aqui são colocados
para nossa intervenção e avaliação. Nós estamos, de fato, extremamente
preocupados, talvez a Emenda venha com esse aspecto, de trazer a preocupação, a
antecipação em relação a todo o projeto que irá ser constituído, talvez por
isso a necessidade de os Vereadores poderem ler a Emenda e verificarem que o
que estamos colocando é que, de fato, as contrapartidas sejam reavaliadas
quando da construção do novo projeto, que irá vir para a cidade de Porto
Alegre. Aliás, o projeto ainda não está concluído, segundo o Presidente do
Internacional nos informou. Há uma concepção de projeto a ser construído, a ser
constituído, inclusive com todos os segmentos da cidade de Porto Alegre.
Diante disso, então, a nossa Bancada, zelosa com a
Cidade e com preocupações futuras, implementou esta Emenda, que complementa,
Ver João Antonio Dib, o texto escrito no § 1º do art. 3º; ali só fala das
contrapartidas quando da ampliação do estacionamento. Nós estamos querendo ir
além. Queremos já colocar e demarcar a necessidade desta Emenda, para que se
revejam todas as contrapartidas que precisam ser feitas quando da implementação
do projeto completo, que deverá também passar por esta Casa. Por isso, peço aos
nobres Vereadores que leiam e discutam a Emenda antes de subir a esta tribuna
simplesmente dando seu voto. Muito obrigada, Sr. Presidente.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Mauro
Zacher está com a palavra para discutir o PLE nº 010/08.
O SR. MAURO ZACHER: Sr. Presidente,
Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, de maneira muito especial saúdo a torcida colorada. Aqui não é
um colorado que vem à tribuna; é um gremista, um Vereador que entende a grande
importância que esta Casa dá ao Projeto, a importância que a gente vê nos
investimentos dos próximos anos. A grande questão que eu vejo, torcida
colorada, é que estamos projetando a nossa Cidade para receber esse grande
evento mundial, que é a Copa do Mundo em 2014. É para isso que a Cidade está se
preparando. É para isso que a Cidade se prepara, uma Cidade já vocacionada para
grandes eventos, como foi o Fórum Social Mundial, uma Cidade com capacidade de
receber o mundo para esse evento. E é com essa visão que vou votar a favor doe
Projeto, porque entendo que Porto Alegre realmente tem que dar essa grande
importância ao Projeto, ainda mais sabendo que foram também tomadas todas as
precauções em relação, primeiro, à que o Sport Club Internacional possa
ressarcir os investimentos ao Município, fazendo com que não seja gratuito, mas
de maneira onerosa.
Percebe-se também a responsabilidade social que o
Clube tem demonstrado ao longo dos anos, investindo em programas sociais
acompanhados pela FASC. E a grande referência, a grande importância que esse
Clube tem, onde muitos jovens vêem, através do futebol, a sua esperança, a sua
expectativa de conseguir um bom lugar, de ser reconhecido através do esporte.
Então, não poderia ser diferente.
Uma Vereadora aqui na tribuna falou que não importa
se somos gremistas ou se somos colorados; o importante é que a Cidade e esta
Casa estão dando a importância necessária para que se possa oferecer ao Sport
Club Internacional condições para ele estar preparado para receber a Copa do
Mundo em 2014. Parabéns à torcida colorada! Contem com o voto deste Vereador,
mas voto contra a Emenda apresentada.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Aldacir
Oliboni está com a palavra para discutir o PLE nº 010/08.
O SR. ALDACIR OLIBONI: Nobre
Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, público que nos acompanha pelo Canal 16, nosso Presidente
Vitorio Piffero, aqui presente, e, de modo especial, a torcida colorada, que
acompanha a Sessão, preocupada com este Projeto, ponto estratégico para o
futuro do Internacional.
Não é só porque sou do Internacional há muito
tempo, desde que me conheço por gente, que vou votar favorável ao Projeto, mas
também porque temos que ter projetos que venham a galgar o futuro da Cidade.
Dizia aqui, há poucos dias, o Presidente do nosso Clube da importância do
Projeto e das compensações, algumas delas até então não tão bem esclarecidas.
Talvez se justifique a Emenda do Partido dos Trabalhadores, o nosso Partido,
pelo fato de tratarmos de uma área pública e, para tanto, tem que haver alguns
requisitos fundamentais. E nós colorados temos que entender isso, porque senão
caem nesta Casa outros Projetos, Presidente, que podem também não querer dar
compensações.
E nós sabemos - tantos os meninos e meninas de rua,
como também os cidadãos e as cidadãs da terceira idade -, com os inúmeros
problemas que esta Cidade tem, que é preciso, sim, ter espaços - espaços
consagrados que precisam ser ocupados - da iniciativa privada. E por que não no
nosso Clube, logo ali adiante, no futuro, termos um espaço adequado a esses
cidadãos e cidadãs que se sentem excluídos da sociedade? Nós oportunizaremos a
eles um espaço para melhorar a sua qualidade de vida. Então, é nesse sentido
que queremos que todas as instituições, seja hoje o Internacional, seja amanhã
o Grêmio Foot-Ball Porto-Alegrense, ou entidades afins, possam solicitar a esta
Casa a permissão para construir projetos estratégicos na nossa Cidade, mas
também dar compensações que possam promover a inclusão social. E é nesse sentido
que eu acredito que temos de projetar a Cidade do futuro, porque não teria
sentido, logo ali adiante, também, nós aprovarmos o metrô de superfície, e ele
não poder passar pelo Internacional ou pelo Grêmio. Nós temos de pensar, sim,
na Cidade do futuro, mas pensar na acessibilidade daqueles que não conseguem,
talvez, ter um pequeno recurso para pagar o ingresso. Então, que eles possam
ter condições, que o Poder Público possa viabilizar, seja a meia entrada, seja
a isenção, para que eles conheçam esses locais estratégicos da nossa Cidade.
A Copa de 2014, com certeza, será não só no nosso
grande Clube, Ver. Ervino Besson e Ver. Carlos Todeschini, o Sport Club
Internacional, onde nós todos nos orgulharemos de estar presentes... Que o
Clube possa dizer àqueles que virão no amanhã que também é um Clube que promove
a inclusão social e está preocupado com aqueles que não têm jamais acesso a
esses locais; que eles possam se sentir agraciados, de uma forma mais
convincente, pois esse é o lado social com o qual a Cidade tem de se preocupar.
Nós todos hoje discutimos a questão dos pedintes nas esquinas das ruas; os
pedintes, que não têm emprego; os pedintes, que, por uma falta de inclusão
social, estão na rua. Muitos sequer recebem a possibilidade concreta de terem
viabilizado um local adequado para enfrentarem o futuro; esses, amanhã ou
depois, poderão não estar mais nem mesmo nas esquinas. Os projetos do futuro
têm de trabalhar com a inclusão social. E, com certeza, o Ver. João Bosco Vaz -
V. Exª o faz muito bem - não poderá concordar com o fim, por exemplo, dos
campos de várzea. Os campos de várzea, se formos discutir, não poderiam ser
edificáveis. Mas o Sport Club Internacional faz um Projeto estratégico de
futuro, e temos de discutir com eles, especificamente, o que queremos de
inclusão social. Mas que será um Projeto estratégico importante para a Cidade
será. E será, com certeza, um local adequado aos gremistas e aos colorados.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O
Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir o PLE nº 010/08.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
senhoras e senhores, eu não ia falar, porque acho que temos que ganhar tempo, e
não gastá-lo em vão, mas o Ver. Carlos Todeschini veio aqui dizer uma coisa com
a qual eu não concordo. Porto Alegre ganhou hoje o Prêmio Destaque de Prefeito
Empreendedor, e é uma grande honra para Porto Alegre receber esse prêmio do
Sebrae Nacional. Fizeram uma solenidade no Plaza São Rafael, na qual vários
Vereadores estavam presentes. O Prefeito José Fogaça justificou a sua ausência
por ter outro compromisso agendado e mandou o ilustre Secretário Idenir Cecchin
para receber o prêmio, que muito honra esta Cidade. O Presidente Regional do
Sebrae disse que lamentava a ausência do Prefeito, porque o prêmio era muito
importante, mas que a representação do Secretário Idenir Ceccin também
justificava aquela ausência. E foi só isso, não houve a mínima crítica ao Sr.
Prefeito - eu estava lá com outros Vereadores. Então, certas coisas devem ser
bem colocadas, a verdade deve ser clara, nítida.
Com
muita honra, Presidente Piffero, Presidente Dallegrave, meu amigo pessoal Dr.
Alexandre Mussoi Moreira, recebi o convite para o jantar do Internacional, mas,
em comparação ao que ocorreu no fórum do Sebrae, quero me justificar com
antecedência e dizer que não poderei ir em função de um compromisso agendado.
Lamento muito, porque tenho certeza de que lá encontraria muitos e muitos amigos,
mas tenho outro compromisso agendado e não posso alterá-lo. Lamento por não
poder estar presente. Então, já quero justificar, Presidente Piffero, por que
não estarei lá, assim como o Prefeito justificou que não pôde estar, porque já
tinha outro compromisso.
Quanto
ao Projeto, ele é um presente para a Cidade, convém ao bem comum, é de elevado
interesse da Cidade, portanto vamos votá-lo e aprová-lo por unanimidade. Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O
Ver. João Bosco Vaz está com a palavra para discutir o PLE nº 010/08.
O
SR. JOÃO BOSCO VAZ: Sr.
Presidente, Sebastião Melo; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores,
Presidente Piffero, sempre Presidente Dallegrave, amigos do carnaval, vi há
pouco o Amorim, Presidente da Imperadores; o Adão; o Saturno, da Banda
Itinerante; Pedro Diogo, da Banda da Saldanha; vi o Moura do Cavaco, há pouco,
também aí, e o Francisco, da Sociedade Floresta Aurora.
Há
muito acompanho a tramitação desse Processo na Prefeitura. Como Secretário de
Esportes do Município, estive presente nessa negociação desde o primeiro
encontro, na presença do Deputado Ibsen Pinheiro, na presença do então
Presidente Fernando Carvalho, do Sr. Prefeito, do Secretário Clóvis Magalhães,
e trabalhamos de uma maneira tal que este Projeto chega pronto hoje para ser
aprovado. E quero dar o testemunho aqui de que, quando o Internacional, como
contrapartida, apresenta a possibilidade de 150 vagas para crianças carentes,
Pedro Affatato, nós, da Secretaria, já temos sessenta vagas lá no Inter,
gratuitamente, dentro de um projeto maior, que é o Social Esporte Clube, que
tem mais de 400 crianças em todos os clubes de Porto Alegre. E o Inter nos deu
sessenta vagas gratuitamente! Então, não serão apenas 150 vagas, porque o Inter
também cedeu vagas para a FASC, através de uma negociação com o Banrisul, que
patrocina o Grêmio e o Inter. Então, quando a gente fala em inclusão através da
prática esportiva, eu trago esse exemplo para dizer que o Inter não está apenas
colocando essa contrapartida no papel, o Inter vai cumprir, porque o Inter
ainda não tem a área e já disponibiliza o número de vagas que eu acabo de
revelar aqui.
Foi
este Vereador que apresentou aqui nesta Casa, com aprovação unânime e
sancionada pelo Prefeito petista, o Projeto referente à rua que o Grêmio tem
hoje. O meu Projeto desafetou do uso comum, para que o Grêmio pudesse embelezar
o Largo dos Campeões. Fui eu que fiz o Projeto. Por quê? Porque parte daquela
rua, do Largo dos Campeões até a Rua José de Alencar, havia se transformado num
antro de drogas, de assaltos, nenhum imóvel na redondeza pertencia a outro que
não fosse ao Grêmio; então fiz o Projeto, esta Casa aprovou, e hoje aquilo está
uma beleza! E é o que o Internacional vai fazer naquela área que está desvalorizada;
a EPTC não arrecada 20 mil reais por mês, e o Inter vai começar pagando 25 mil!
E está no Projeto que, quanto mais o Inter arrecadar, mais vai ter que passar
ao Município, por isso não é necessária essa Emenda. Vou repetir, está no
Projeto, Ver. Garcia: se o Inter vender espaço para outdoor,
publicidade, vai ter que, além dos 25 mil reais, pagar mais à Prefeitura.
Então, venho com tranqüilidade aqui, falei com
Líder Nereu, estou voltando hoje à Câmara, depois de uma experiência brilhante
como Secretário de Esportes, e recebi a incumbência do Sr. Prefeito de ser o
coordenador da Copa aqui em Porto Alegre, o que devo exercer até o dia 31 de
dezembro, depois veremos se continuará o Prefeito Fogaça, se não continuar,
entrego o cargo, mas estou por dentro de tudo isso que está acontecendo. Daqui
a uns dias, com certeza virá para a Câmara o projeto do Grêmio, que vai
construir a sua Arena num terreno privado, e a Prefeitura vai ter que entrar
com infra-estrutura na volta! E nós vamos votar e vamos aprovar! E nós vamos
aprovar! Então, não adianta demagogia, vir aqui falar isso, falar aquilo...
Não! Nós vamos aprovar o Projeto do Internacional porque é importante para a
Cidade, vamos revitalizar aquela área que está ali jogada, com a Prefeitura
perdendo dinheiro. Muito obrigado.(Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O
Ver. Dr. Goulart está com a palavra para discutir o PLE nº 010/08.
O
SR. DR. GOULART: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; queridas Vereadoras, Srs. Vereadores,
Presidente Piffero, nosso amigo querido Dallegrave; nossos amigos do carnaval;
o Presidente da Imperadores, Diogo, meu correligionário; Francisco, meu irmão
da Floresta Aurora. Eu sou a 36ª inscrição, já contaram tudo a respeito do
Projeto - o Brasinha fugiu -, uns já falaram das Emendas, então não vou os
cansar com isso.
Ainda
há pouco, meus dois filhos colorados, o Saul e o Humbertinho, me telefonaram e
disseram: “Pai, tu vais poder realizar o teu sonho”. E qual era o meu sonho?
Eu, quando menino, queria ser jogador do Internacional e queria fazer um gol
pelo meu time. Aí meu pai se mudou, para trabalhar com o João Goulart, para o
Rio de Janeiro, e eu comecei a torcer pelo América, do Rio de Janeiro, porque
ele tem a camisa completamente vermelha. E eu queria fazer um gol lá no Rio,
pelo América, mas não pude, embora fosse muito bom de bola. Mentira, não é
Diogo? Mentira! Então, os meus filhos me chamaram a atenção, Ver. Sebenelo - e
eu já fui mais magrinho -, que hoje, aos 61 anos, eu posso fazer o gol que
queria fazer para o Internacional. Portanto, aos 61 anos vou fazer, de cabeça,
o gol para o Internacional, votando no Projeto dessa coisa magnânima que vai
acontecer. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O
Ver. Professor Garcia, Líder do Governo, está com a palavra para discutir o PLE
nº 010/08.
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Prezado
Presidente, Ver. Sebastião Melo; prezadas Vereadoras, prezados Vereadores,
prezado Presidente Piffero, sempre eterno Presidente Dallegrave, homem do
esporte amador, com o qual tivemos a oportunidade de conviver por muito anos,
na época em que eu tive a oportunidade de trabalhar no Internacional; os
carnavalescos, daqui a alguns dias vai chegar a esta Casa aquele sonho que contemplávamos.
Eu
gostaria que V. Exas
prestassem muita atenção ao que diz o caput
do Projeto (Lê.): “Autoriza o Executivo Municipal a conceder onerosamente o uso
de próprio municipal situado na Av. Padre Cacique ao Sport Club Internacional.”
Então, aqui não tem paternalismo.
No
ano passado, eu tive a oportunidade de participar dos jogos pan-americanos
durante todo o tempo, oportunidade em que fui técnico da seleção brasileira em
campeonato mundial de atletismo, e é importantíssimo o que representa um evento
dessa natureza. E um detalhe: no Rio de Janeiro, foi criado, por exemplo, o
Engenhão, com recursos públicos, e hoje ele é utilizado pelo Botafogo. Aqui em
Porto Alegre, são duas entidades privadas que mostram a força de um povo no
poder de construir. Então, na realidade, qual é a preocupação do Gestor
público? É fazer o fomento do desenvolvimento. Ora, se já está pré-agendado que
Porto Alegre será uma das futuras sedes - eu não tenho dúvida de que ela será
-, é necessário que se dê o instrumental para o desenvolvimento. E é isso que
se está fazendo.
Sobre
a questão do concessionário, do valor, o § 1º do art. 3º diz o seguinte (Lê.):
“A contrapartida devida ao Município referente no caput desse artigo deverá ser” - atenção - “redimensionada,
proporcionalmente, em caso de ampliação do estacionamento localizado na área
objeto da presente concessão.” Então, explica que, à medida que aumentar o
número, vai haver uma contrapartida para isso, sem falar das 150 crianças que
serão beneficiadas.
E
eu também gostaria de fazer uma correção de forma bem rápida, pois a colocação
do Ver. Todeschini não condiz com a verdade - e eu respeito a posição do Ver.
Todeschini.
Reconhecemos, sim, através da Líder, Verª
Margarete, que nos disse por que estava fazendo de forma informal, que era para
não criar problemas, foi um acordo feito, mas quero ressaltar que o Executivo
trouxe as respostas. Vossa Excelência está dizendo que é ruim agora, Vereador;
não teve a oportunidade. Só que eu acho que nós temos que ter muito cuidado.
Aqui é um espaço democrático e livre para se dizer o que quer, mas acho que não
cabe da forma como V. Exª fez; respeito, mas acho que não é o bom e o devido
uso, para a forma com que estamos trabalhando. A pressa foi por que nós estamos
no início do primeiro dia de um século de um Clube que é, pelo menos, metade do
Rio Grande. E eu volto a dizer que não é paternalismo, porque o Clube vai pagar
ao Poder Público.
O
Sr. Ervino Besson: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Meu caro colega Ver. Professor
Garcia, obrigado pelo aparte. Eu quero dizer que, pela grandiosidade do Projeto
do Sport Club Internacional, Porto Alegre dará um salto de qualidade, sem
dúvida nenhuma.
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Obrigado,
Vereador.
Eu
volto a dizer, com isso, que esperamos, sim, dentro de alguns minutos, aprovar
este Projeto, para que possa amanhã sair no Diário Oficial. E, no dia 04, todos
nós fomos convidados pelo Presidente para estarmos lá, para festejar e dizer
por que queremos, não isto, mas trazer a Copa do Mundo para Porto Alegre, com
brilhantismo, porque mais de um bilhão de pessoas que assistem a um evento
desses. Mais uma vez Porto Alegre poderá ser o centro da atenção mundial. Muito
obrigado, Presidente. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Encerrada a
discussão.
Em votação o PLE nº 010/08. (Pausa.) A
Verª Margarete Moraes está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº
010/08.
A SRA. MARGARETE MORAES: Excelentíssimo
Sr. Presidente desta Casa, Ver. Sebastião Melo; senhoras e senhores, Vereadores
e Vereadoras, no início da fala o Ver. Claudio Sebenelo disse que estranhava a
nossa Emenda, mas eu acredito que ele não tenha a lido, porque se trata de uma
Emenda que reavalia, flexibiliza, Ver. Carlos Todeschini, inclusive possibilita
a amplitude e o aperfeiçoamento do Projeto.
Porque o Sr. Vitorio Piffero, quando veio a nosso convite - nós o convidamos, e
ele fez a gentileza de vir -, deixou muito claro que não se tratava de um
Projeto acabado; tratava-se da concepção de um projeto em construção. As
primeiras idéias sempre surgem assim.
A
nossa Emenda dialoga com essa concepção, de que não está acabado o Projeto, a
Emenda flexibiliza. A nossa Bancada vai aprovar o Projeto de concessão de uso,
já deixamos isso claro. Agora, nós queremos defender a nossa Emenda, porque
abre a possibilidade de aperfeiçoamento. Nós estamos aqui, toda a Bancada, com
a nossa cara, não somos uma Bancada que vai fugir na hora da votação para não
dar quórum. Nós estaremos aqui para dar quórum, porque temos responsabilidade,
honramos a nossa função de Vereadores - com presença, com transparência, com
identidade. Acredito que é um direito e um dever dos Vereadores intervirem,
porque senão, Ver. Newton, não necessitaria nem passar por aqui. Mas é uma
questão legal. Não é passar só para aprovar, é passar para ser examinado, com
calma, com carinho. Senão seria melhor fechar o Parlamento, porque, então,
seria a volta da ditadura, algo que alguns Vereadores desta Casa, acredito,
preferem. Nós queremos estudar os Projetos item por item. Não é só este; todos,
com calma. Nós queremos o melhor para a Cidade.
Quero
fazer uma ressalva ao Professor Garcia em relação à fala do Ver. Todeschini,
porque o Ver. Garcia disse que o Governo mandou as respostas, mas para nós elas
foram insatisfatórias, não foram respostas acabadas. Não ficamos satisfeitos
com o teor das respostas que o Executivo nos mandou. Não estamos falando em
relação ao Inter.
Eu
fiquei impressionada com o tom da fala de alguns Vereadores, fazia tempo que eu
não ouvia um tom de fala tão enfático. Mas, em nome do que o Sport Club
Internacional representa para a cidade de Porto Alegre, do porte, do
significado desse Clube, em nome da cidade de Porto Alegre, do seu presente e
do seu futuro, nós queremos apelar para o espírito público dos Vereadores desta
Casa, que deve se nortear por ações públicas, por ações republicanas: nós
queremos a aprovação do Projeto. E, depois, nós propugnamos, fazemos esse apelo
para a aprovação da Emenda.
A
Emenda é sóbria, é responsável, é afirmativa e, sobretudo, razoável. É bom para
a Cidade, é bom para o Internacional, é bom para o Poder Executivo, é bom para
o Poder Legislativo. Obrigada. (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo):
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Dr. Goulart, o PLE nº 010/08. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) APROVADO por 30 votos SIM.
Em
votação a Emenda nº 01, destacada, ao PLE nº 010/08. (Pausa.) O
Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda
nº 01, destacada, ao PLE nº 010/08.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Sr.
Presidente, Ver. Sebastião Melo; colegas Vereadores, colegas Vereadoras, demais
pessoas que nos acompanham, principalmente os integrantes do Internacional.
Como aqui foi falado por muitos dos nossos colegas, nós temos uma tradição de
reunião, quase sempre votamos, os nove Vereadores, em conjunto e costumamos nos
debruçar sobre os projetos importantes. Não foi diferente neste caso, quando
inclusive convidamos - e fomos atendidos rapidamente - o Presidente Vitorio
Piffero, que esteve em reunião com a nossa Bancada, em que assistimos, mais uma
vez, à apresentação do Projeto e fizemos algumas perguntas ao Presidente
Piffero.
Ver. Luiz Braz, não há neste momento nenhum estudo
da Prefeitura com relação à questão urbana da área; não há EVU; não há um
projeto apresentado pelo Internacional. Se V. Exª não sabia, informo a V. Exª
agora, e isso foi dito pelo Presidente Vitorio Piffero, porque está aqui o
Projeto Gigante para Sempre, que não está formatado como Projeto de Engenharia;
ele está num estudo, portanto não há nenhum estudo do ponto de vista
urbanístico da área. Então, é preciso que a gente vá devagar com as afirmações
e deixe de lado, inclusive, algumas disputas partidárias que são normais nesta
Casa, mas que não estão envolvidas nessa situação.
Aquela,
como já foi dito, é uma área especial da Cidade, é uma área de parque.
Anteriormente, o ex-Presidente Amoretty se manifestou publicamente contra a
possibilidade de ocupação daquela área pela Pista de Eventos, é uma área
especial. Estamos superando essa questão, que é passado, mas é evidente que,
por ser uma área especial, uma área de parque, precisa, Ver. João Antonio Dib,
de estudos especiais. O parágrafo 1° fala em reavaliação, caso seja ampliada.
Eu pergunto ao Ver. Professor Garcia: quantas vagas há agora no estacionamento?
Ver. João Antonio Dib e Ver. Professor Garcia, quantas vagas de estacionamento
existem agora? Não há nenhuma informação no Processo, nem nas nossas perguntas.
Portanto, como poderá ser reavaliada a questão pelo parágrafo 1° do Projeto de
Lei, no art. 3°, quando no futuro se aprovar o prédio para o estacionamento?
Como se estudará isso, Ver. Haroldo de Souza? Não há agora no Projeto nenhuma
condição de isso ser feito.
Pela
grandeza do Internacional, pela importância do Internacional e do Projeto, esta
Emenda não condiciona nem que vai ser mais, Dr. Dallegrave - que faz parte da
história do Internacional -, nem que vai ser menos. Engenheiro Emídio, nós nos
conhecemos de outras atividades de engenharia, a Emenda coloca que, quando
houver um estudo urbanístico pela Prefeitura, por meio da SPM, se estude,
porque agora não há condições de fazer o estudo. Nós sabemos que o
Internacional cobra, na sua área do Parque Gigante, para quem não é sócio, dez
reais e, para quem é sócio, cinco reais. Eu vou ao Internacional com meu filho,
que é colorado, eu não torço no Rio Grande do Sul, porque não sou gaúcho, mas
meu filho é. Então conheço um pouco isso. Quando o Internacional colocar um
pórtico na entrada dessa área que nós estamos aqui avaliando - eu estava
olhando, inclusive, no Google Earth toda a área -, vai haver outra relação de
ocupação.
Vejam
bem, a Emenda não é contra o Projeto, é uma Emenda para garantir que tenhamos
uma boa situação para a cidade de Porto Alegre e uma situação tranqüila para o
Internacional, para que todos nós possamos estar contentes e para que o
Internacional seja, de fato, gigante para sempre. Então, peço o voto dos 36
Vereadores, alguns não leram e já estavam contra. A gente acha que o parágrafo
1° não é suficiente, nós temos que agregar, alem do parágrafo 1° ao art. 3°,
esse parágrafo, que não atrapalha, só vai dar mais qualidade ao que virá no
futuro, logo adiante, na construção do grande projeto do Internacional. Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O
Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº
01, destacada, ao PLE nº 010/08.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr.
Presidente, minha gente maravilhosa do Internacional; primeiro, o saudoso Paulo
Rogério era contra a questão do carnaval ao lado do Beira-Rio porque eram dois
espetáculos concorrentes e sem condições estruturais de funcionarem ao mesmo
tempo, inclusive em relação à segurança. Então, essa era a razão de ele ser
contra.
Em segundo lugar, não há necessidade, no momento,
de um estudo urbanístico e nem o Ver. Braz falou em Projeto, porque não existe
ainda. A Prefeitura Municipal informa que o Projeto de Lei do Executivo já
contempla a idéia do faturamento do Internacional com a área concedida e que
será sempre proporcional à contrapartida dos cofres públicos, ou seja, quanto
mais o Internacional lucrar com a área, maior será a contrapartida entregue ao
Município. Em caso de um possível aumento da área de estacionamento, sempre por
força do Projeto do Legislativo, deverá ser redimensionada a contrapartida do
Município, isso é automático e proposto pela Prefeitura.
Hoje
nos cofres da Prefeitura entram menos de 20 mil reais por mês, com a exploração
da EPTC; com a proposta do estacionamento da área, vão entrar fixos, por mês,
no mínimo, 25 mil reais. É um ganho real para a Prefeitura, mas não se pode
exigir, por outro lado, contrapartida sobre impacto visual de um Projeto, pois
contrapartida e impacto visual são coisas distintas em áreas que não se
confundem. Isto é, a Emenda não foi feliz sobre esse aspecto. O impacto visual
de qualquer Projeto em nossa Cidade é avaliado por setores e órgãos colegiados
da Administração Pública. O Projeto que porventura for implantado pelo
Internacional será analisado, questionado, exaustivamente, discutido por todos
os órgãos públicos, entre eles, a Procuradoria, a SMAM, a Cauge, o CMDUA, ou
seja, nas instâncias técnicas competentes é que serão avaliados o Projeto e
seus impactos ambientais, visuais, estruturais, com EIA-Rima, com tudo. Daí,
não há por que se confundir contrapartida econômica com uso da área com
conceitos ambientais, com impacto visual, com meio ambiente, com a parte
urbanística.
Reconhecemos
que a necessidade de compensação econômica está bem definida no parágrafo 1º do
art. 3º do Projeto Legislativo, resguardando o interesse econômico do Município
sobre a área que ora se concede - palavra do Município! - , resguardando o
interesse econômico do Município. Há a garantia institucional de que, na
tramitação exaustiva e necessária para a aprovação do projeto arquitetônico, se
considerará toda a impactação da construção em instância competente, para
definir aquilo que é possível, o que não é permitido pela legislação
urbanística e ambiental e o que é de interesse da Cidade e da sociedade. Há uma
série de recursos absolutamente institucionais, estratificados, funcionantes,
em relação a qualquer alteração que haja no projeto adicional ou original, ou
seja, é dispensável a Emenda, porque já existe toda uma prefeitura municipal em
volta do Projeto. Por conseguinte, propomos a rejeição da Emenda. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O
Ver. Haroldo de Souza está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº
01, destacada, ao PLE nº 010/08.
O
SR. HAROLDO DE SOUZA:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, vou ser rápido,
não vou usar os cinco minutos, porque acho que é uma demasia. Temos pessoas
aqui nas galerias que têm coisas para fazer, não vão ficar aqui a tarde inteira
aguardando e ouvindo discursos. Eu só queria complementar e dizer que vou votar
contra a Emenda tendo em vista este papel aqui, que veio do Executivo, que
explica tudo. Não tem mais nada o que discutir. Não há necessidade da Emenda,
porque está tudo explicado aqui. Vou votar contra a Emenda e gostaria que nos
apressássemos, porque já são 17h30min. É muito discurso!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A
Verª Maristela Maffei está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº
01, destacada, ao PLE nº 010/08.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores,
serei breve e gostaria de recolocar aqui, Ver. Guilherme Barbosa, que a Bancada
do PCdoB leu antes, Verª Maria Celeste, e releu depois, pela sua chamada de
atenção àqueles que a senhora considerava que não haviam lido. E vou reiterar a
posição do PCdoB. Com todo o respeito, acho que é legítimo da parte do PT
apresentar aquilo que acredita ser melhor para a Cidade, mas a posição do PCdoB
é de que esta Emenda não ajuda no Projeto aprovado.
Para
encerrar, para que o dia realmente termine feliz, eu gostaria de ler uma rápida
poesia (Lê.): “A esperança é que, distantes da pantomima do poder, os sonhos
não tenham morrido. Como na estória da Bela Adormecida, eles dormem, mais
profundos que pesadelos do cotidiano. E um dia acordarão. E o povo, possuído
pela sua beleza esquecida, se transformará em guerreiro e se dedicará à única
tarefa que vale a pena, que é a de transformar os sonhos em realidade.” A
política realmente me fascina por momentos como nós estamos vivendo hoje. Muito
obrigada. (Palmas)
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a Emenda nº 01,
destacada, ao PLE nº 010/08.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, difícil é ser simples.
Eu já havia avisado que tinha de aprovar o Projeto, porque o Parecer foi
aprovado por unanimidade. Agora, aprovado o Projeto, esta Emenda não pode ser
aprovada. Eu até poderia dizer por que não deve, por que não pode ser aprovada,
mas não vou falar, vou ficar só nisso. Então, vamos aprovar, e está tudo
resolvido. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação nominal, solicitada por
vários Vereadores, a Emenda nº 01 ao PLE nº 010/08. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) REJEITADA por 09
votos SIM e 19 votos NÃO.
Leio a Declaração de Voto firmada pela Bancada do
Partido dos Trabalhadores (Lê.):
“Votamos favoravelmente o
Projeto de Lei que autoriza o Executivo Municipal a conceder onerosamente o uso
de próprio municipal situado na Av. Padre Cacique ao Sport Club Internacional.
Mas fazemos esta Declaração de Voto porque atualmente as concessões de uso para
as creches comunitárias são de apenas cinco anos, sendo que muitas delas fazem
obras, melhorias, fazem um grande trabalho social, dando contrapartida para a municipalidade.
Não aprovar a Emenda da Bancada do nosso Partido é um equívoco que nós
esperamos ser sanado com o passar do tempo, pois o Internacional e os seus
dirigentes têm e terão a grandeza de rever os valores, até porque, pela nossa
legislação, na futura construção, poderá o Clube haver legalmente de proventos
oriundos de publicidade no local. Já levantamos um conjunto de idéias que vamos
protocolar em breve, para que o local seja mais e mais valorizado. Estamos com
a cidade de Porto Alegre sempre, jamais de costas para o seu povo e para o
Guaíba, pois queremos uma orla que seja um modelo para o mundo, para o turismo
que Porto Alegre precisa incrementar.” Assina o Ver. Adeli Sell e outros.
Srs. Vereadores, eu peço a atenção. Eu gostaria,
primeiro, de cumprimentar o Presidente do Internacional, os seus dirigentes,
mas, acima de tudo, cumprimentar cada Bancada desta Casa. Este foi um Projeto
que de forma muito rápida tramitou pela Casa e teve a compreensão de todas as
Bancadas. Então, quero cumprimentar de forma maiúscula cada Bancada que
trabalhou este tema e que, portanto, possibilitou que fizéssemos esta votação
na data de hoje.
(Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Srs.
Vereadores, eu só peço a compreensão da torcida colorada, porque temos trabalho
pela frente. Quero agradecer enormemente. O Sr. Prefeito disse, numa solenidade
pela manhã, que, se a lei fosse aprovada hoje, ele sancionaria lá no
Internacional. Portanto, quero convidar todos os Vereadores para estarem
presentes no sancionamento da lei, na sexta-feira, no aniversário dos 99 anos
do Internacional. Peço aos Srs. Vereadores que permaneçam no plenário; conforme
acordo de Mesa e Lideranças, nós temos que rodar duas Pautas rapidamente. Portanto, solicito a
presença dos Srs. Vereadores, porque é importante para a Casa.
Apregôo dois Ofícios. (Lê.) “Ao cumprimentá-lo, comunico que, a partir do dia 04 de abril de 2008, estarei reassumindo o cargo de Vereador do PTB nesta Câmara Municipal. Ver. Maurício Dziedricki.” E também (Lê.): “Justiça do Trabalho da 4ª Região. Certifico que a Srª Neuza Celina Canabarro Elizeire, na condição de reclamada, compareceu nesta data em audiência aprazada para as 15h40min, do processo e partes acima identificados, sendo liberada às 16h48min.”
Passamos
à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC. Nº 0953/08 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 025/08, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que altera e ementa e o art.
1º da Lei nº 8.057, de 29 de outubro de 1997, que faculta a colocação de
dispositivo luminoso nos veículos que compõem a frota de táxis de Porto Alegre
e dá outras providências, tornando obrigatória a colocação desse dispositivo.
PROC. Nº 1060/08 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 028/08, de autoria do Ver. Guilherme Barbosa, que denomina Rua Noé
Gonçalves o logradouro não-cadastrado, conhecido como Rua Um – Rua João Macedo
de Freitas –, localizado no bairro Ponta Grossa.
PROC. Nº 1343/08 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 035/08, de autoria do Vereador Carlos Todeschini, que inclui no
Calendário Oficial de Eventos do Município de Porto Alegre o Desfile
Comunitário da Vila Farrapos, a ser realizado anualmente, no último domingo do
mês de setembro.
PROC. Nº 1855/08 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 013/08, que autoriza a permuta de próprio municipal, localizado na
Rua Jacinto Godoy, nº 191, por terreno particular, sito na Rua Jacinto Godoy,
nº 105, Bairro São Sebastião, para fins de cedência, através de permissão de
uso à Associação de Pais e Amigos do Centro Abrigado Zona Norte - APACAZON.
PROC. Nº 1856/08 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 014/08, que autoriza o Município de Porto Alegre a desafetar da
destinação de uso comum do povo próprio municipal, matriculado sob o nº 19513,
no Registro de Imóveis da 3ª Zona, livro nº 02, localizado na Rua Ivo Janson,
nº 29, no bairro Jardim Bento Gonçalves.
PROC. Nº 0090/08 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 015/08, de
autoria da Verª Maristela Maffei, que concede o Diploma Honra ao Mérito ao
Senhor Roni Angelo Ferrari.
PROC. Nº 1139/08 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 031/08, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que institui o Dia
Municipal de Prevenção e Combate à Depressão, a ser realizado anualmente, no
dia 10 de setembro, que passa a integrar o Calendário Oficial de Eventos do
Município de Porto Alegre, e dá outras providências.
PROC. Nº 1466/08 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 010/08, de
autoria do Vereador João Carlos Nedel, que concede o Troféu Câmara Municipal de
Porto Alegre ao Senhor Norberto José Pinheiro Bozzetti.
PROC. Nº 1550/08 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 012/08, de
autoria do Ver João Carlos Nedel, que concede a Comenda Porto do Sol ao
Monsenhor Máximo Benvegnú.
2ª SESSÃO
PROC. Nº 0858/08 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 021/08, de autoria do Vereador Leandro Soares, que institui o Dia do
Nascituro e a Semana de Defesa e Promoção da Vida, que passam a integrar o
Calendário Oficial de Eventos do Município de Porto Alegre, e dá outras
providências. Com Emenda nº 01.
PROC. Nº 1756/08 -
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 002/08, que dá nova redação ao artigo 12 da Lei
Complementar nº 170, de 31 de dezembro de 1987, dispondo sobre ligações de água
e individualização da medição.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. João Antonio Dib está com a
palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. A Verª Margarete Moraes está
com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. Professor Garcia
está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. Guilherme
Barbosa está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. Dr.
Goulart está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste.
Cumprida a Pauta, está encerrada a presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 17h35min.)
*
* * * *